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Quantos de nós não esperamos que essas duas palavrinhas venham juntas, acompanhando o relacionamento com a pessoa que amamos?
Pois não é bem assim que acontece na realidade. Como Rita Lee canta na música "Amor e sexo", são duas coisas distintas, e que não necessariamente andam juntas (embora seja o esperado por todos os casais que se gostam e que compartilham uma vida).
Sexo não precisa ser construído, ele simplesmente acontece como conseqüência da química entre os dois, proporcionando momentos de prazer a duas pessoas que podem ter acabado de se conhecer, por exemplo. Porém, ele é um dos componentes da relação matrimonial, e não podemos diminuir sua importância.
Um grande problema que acomete os casais após alguns anos de relacionamento é a diminuição da freqüência das relações sexuais. Em parte isto acontece por acharmos que o outro já está conquistado , então não precisa de muitos cuidados e climas especiais. É um erro pensarmos assim. Os casais "relaxam": esquecem os jantares românticos, não se preocupam mais em se produzir para encontrar o parceiro, os beijos calorosos fora de hora deixam de existir, as carícias ficam cada vez mais escassas, e a relação cai na rotina . O desejo pelo outro diminui. Para muitos é o momento propício para o aparecimento do amante, caso os dois não detectem esse descuido e tentem agir rapidamente para reverter o quadro (uma ótima oportunidade de investirem na terapia de casal, onde entenderão a dinâmica da relação e terão a chance de reacendê-la). Outra opção é o divórcio, para aqueles que não tentam investir no casamento, talvez por falta de amor suficiente para se lutar por ele, e simplesmente desistem. Por último, pode-se deixar como está e viver uma relação de amigos no casamento. Para muitos isso é o suficiente, mas para outros está longe de sê-lo.
Você deve estar pensando: mas será possível viver um casamento apaixonadamente sempre? Não, não é isso que estou dizendo. O ponto é outro: a paixão tem um prazo para terminar, mas o carinho entre o casal não! O afeto deve durar a vida toda, o cuidado com o outro, o tempo dedicado à relação a dois deve ser preservado para que essa união não se perca. A paixão transforma-se em amor ou simplesmente acaba. No primeiro caso, outras formas de relação são valorizadas: a confiança, a cumplicidade, o companheirismo, a troca entre os dois, a divisão dos problemas e mesmo do sustento da casa e dos filhos, os projetos em comum, enfim, esse conjunto de coisas faz com que a união se torne cada vez mais sólida. Mas lembre-se: o sexo faz parte do casamento e deve ser alimentado para que não caia no esquecimento!
Marina da Costa Manso Vasconcellos é psicoterapeuta, Especialização em Psicodrama Terapêutico, Psicodramatista Didata pela Federação Brasileira de Psicodrama (FEBRAP) e Terapeuta Familiar e de Casal pela UNIFESP.
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