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É cada vez mais difícil encontrar alguém satisfeito com o próprio corpo, porém o grande obstáculo acontece quando o excesso de peso deixa de ser apenas uma questão de vaidade e se torna um problema de saúde. Segundo o último levantamento feito pelo Ministério da Saúde, mais da metade da população brasileira tem o IMC acima do considerado ideal - entre 18,6 e 24,9.
O excesso de peso é considerada um grave fator de risco para o desenvolvimento de diversas doença, sendo relacionado também a um risco maior de morte. Um estudo, publicado revista científica International Journal of Epidemiology, apontou que a prática regular de atividades físicas por quem está com quilos extras não ajuda a diminuir o risco de morte prematura.
A pesquisa, realizada por cientistas suecos da Universidade de Umeå, acompanhou mais de 1,3 milhão de homens, acima de 18 anos, por um período de 29 anos. Na época, todos os voluntários haviam acabado de entrar para forças armadas, onde passaram por um teste físico e tiveram suas medidas anotadas, como altura e peso.
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No final do estudo, os pesquisadores analisaram quantos homens haviam morrido neste período por doenças como câncer e problemas cardíacos. Os resultados mostraram que os participantes que tiveram melhor resistência no teste físico tinham uma probabilidade muito menor de morrer do que aqueles que não praticavam exercícios. No entanto, esse benefício não era visto entre os homens obesos.
Os magros sedentários tinham um risco 30% menor de morrer do que aqueles que estavam acima do peso, mas ativos. "Estes resultados sugerem que ser magro no início da vida é mais importante do que a alta aptidão física, em relação à redução do risco de morte prematura", disse Peter Nordstrom, principal autor do estudo.
A descoberta é um alertar para as pessoas que estão acima do peso e acham que podem compensar o risco de mortalidade ao praticarem atividade física. Contudo, os autores do estudo ressaltaram que fazer exercício ainda traz muitos benefícios para pessoas obesas, sendo essencial para saúde.