O que fazer para superar a depressão? Respostas dos nossos especialistas

Apenas com a psicoterapia é capaz de controlar casos leves de depressão, sem o uso de medicamentos. Mas a pessoa deve aprender a reconhecer e a lidar com os problemas que a conduziram à doença. Há que se considerar, no entanto, que o tratamento é lento e a resposta muitas vezes imprevisível, podendo haver algumas recidivas durante o tratamento. O recurso não deve ser indicado como procedimento exclusivo nas situações moderadas e graves.

A tendência atual é empregar remédios para tratar os quadros depressivos característicos. O plano terapêutico compreende três fases: aguda, de continuidade e de manutenção. A primeira dura de seis a 12 semanas e tem como objetivo buscar a regressão dos sinais e sintomas da doença. Aproximadamente 70% dos pacientes respondem a esta etapa - mas apenas 30% alcança a remissão (resolução total dos sintomas). Se não houver resposta, o diagnóstico necessita de uma reavaliação e, se for o caso, de uma modificação no esquema de tratamento.

Já na fase de continuidade, a medicação precisa ser mantida em doses plenas de quatro a nove meses, contados a partir do desaparecimento dos sintomas - o objetivo é evitar recidivas. A descontinuação prematura - feita por 1/3 dos pacientes depressivos devido aos efeitos colaterais dos remédios - aumenta o risco de recidiva em 20% a 40%.
A manutenção não tem duração definida - para algumas pessoas é mantida por muitos anos. Está indicada nos casos de depressão grave, com alto risco de recidiva ou idéias dominantes de suicídio. Deve ser considerada para aqueles que apresentaram três ou mais episódios da doença, ou dois episódios mais histórico familiar de depressão recidivante, ou ainda instalação dos sintomas antes dos 20 anos de idade.

A escolha da droga depende de alguns fatores: diagnóstico e idade; sintomas-alvo e respostas anteriores; interação com outros medicamentos; intoxicação ou abstinência; estado do paciente (gravidez, amamentação, convulsão, insuficiência de órgãos); comorbidades de outras doenças.

TRATAMENTO
Psicoterapia e medicamentoso (antidepressivos).

IMPORTANTE SABER
Os benefícios do tratamento podem não ser aparentes nas primeiras semanas. Nessa fase, em que é normal aparecer os efeitos colaterais dos remédios, muitas pessoas abandonam o auxílio médico. Mas é preciso estar ciente de que a depressão é doença potencialmente grave, recidivante, capaz de evoluir independentemente do controle voluntário, podendo levar ao suicídio.

A depressão é um quadro clinico que merece atenção profissional.
Existem diferentes tipos de depressão e primeiramente é preciso buscar um diagnostico adequado (qual tipo, qual grau e quais sintomas e impactos proporciona em sua vida). Um psicólogo e um psiquiatra são os profissionais indicados para acompanhar o quadro e orientar sobre o melhor tratamento, que muitas vezes envolve medicação mas não necessariamente.

A depressão é um quadro difícil de ser entendido tanto por quem vive quanto por quem convive e por isso é necessário paciência, acolhimento e manejo adequado para cada caso.

É importante sempre reforçar que não podemos generalizar os tratamentos, pois cada pessoa possui suas particularidades e portanto precisa de um olhar específico.

Procure um especialista para te ajudar.

Nesses casos eu indico a terapia combinada - psiquiatria + psicoterapia - para que ambos ajudem-na a organizar aspectos orgânicos e psicossoaciais no seu cérebro. Para complementar - você tem uma rede de apoio a quem se amparar por enquanto (amigos e familiares)? As terapias alternativas também tem mostrado muita eficácia para diversos transtornos ,não só a depressão - atividades feitas em grupo ajudam o cérebro a perceber quais são as fontes de recompensa de que necessita e aumentar sua força de vontade.

Pense com carinho.

É uma doença do organismo como um todo, comprometendo o físico, o humor e o pensamento. A forma de ver e sentir a realidade ficam alterados, modificando as emoções, a disposição, a alimentação, sono, até mesmo como se sente em relação a si mesmo.

A depressão tem sintomas variados, que vão desde uma tristeza leve, pensamentos negativa até as alterações da sensação corporal. É muito importante distinguir de forma assertiva a diferença entre uma tristeza e depressão, para que possa ter um tratamento eficiente.

Na busca pela cura dessa doença é importante a avaliação de um psiquiatra que é o especialista para se tratar essa patologia, pois ele saberá a medicação adequada de acordo com os sintomas apresentados.

Para que esse tratamento seja efetivo é necessário o acompanhamento com um psicólogo que poderá junto com o paciente avaliar os aspectos emocionais que podem estar interferindo e acentuando o quadro apresentado.

Para superar a depressão o melhor é a escolha de um tratamento especializado. Normalmente, o ideal é que seja através da psicologia e psiquiatria, pois já se tem há anos as comprovações de cura e bem estar. As sessões psicológicas combinadas com a medicação adequada têm excelentes resultados. O paciente deve buscar orientação com o profissional qualificado para entender qual é o melhor tipo de tratamento para o seu caso. E também, é claro, um diagnóstico especifico. Nem toda depressão deve ser tratada com medicamento. As sessões de psicoterapia costumam ter efeitos rápidos. Cada paciente tem uma história de vida e durante o processo do tratamento será validado o que deve ser mudado, incentivado e reforçado. Muitas vezes, quem sofre dessa doença não percebe que suas escolhas, suas ações podem estar ligadas a tudo que está sentindo.