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Nada melhor para a saúde do que se movimentar! E para quem tem dúvidas sobre isso, cada vez mais a ciência tem provado os benefícios dos exercícios para a saúde, desta vez de quem sobreviveu a um câncer. Um estudo, conduzido pela Harvard Medical School e a Loyola University Chicago Stritch School of Medicine, mostrou que homens que sobreviveram ao câncer a gastavam mais energia através de atividades físicas tinham 48% menos chances de morrer por qualquer causa de saúde.
Para chegar a essa conclusão, os estudiosos usaram um banco de dados de Harvard com 1.021 homens. Em 1988, quando os participantes tinham uma média de 71 anos e seis anos após terem sido diagnosticados com algum tipo de câncer (menos o tipo não-melanoma), eles responderam questionários sobre suas atividades físicas, tanto para recreação quanto no dia a dia, quanto caminhadas e subir escadas.
Depois, esses voluntários foram acompanhados por 20 anos, e nesse meio tempo 777 deles faleceram, sendo 335 devido a algum tipo de câncer e 190 por doença cardiovascular. Para analisar esse banco de dados, os pesquisadores dividiram os homens em grupos de acordo com a quantidade de energia gasta por semana em atividade física. E depois ajustaram os dados de acordo com fatores como índice de massa corporal, fumo, dieta e histórico familiar, para ajustar suas conclusões. No geral, aqueles que gastavam 3 mil calorias na semana com atividade física apresentaram menores chances de morte por doenças, fossem decorrentes do câncer ou por outros motivos.
Exercícios que valem por remédios
Agora que você já sabe a vantagem de praticar exercícios, confira alguns que valem como remédios para vários problemas de saúde:
Tabagismo

O exercício: treino de resistência
A nicotina do cigarro causa dependência química ao cumprir a função de neurotransmissor. Com o tempo de fumo, o cérebro acaba deixando de produzir alguns neurotransmissores, que são supridos pela nicotina. Ao tirar o cigarro, o cérebro sentirá falta. "A atividade física ajuda a colocar o cérebro e corpo em equilíbrio omeostático, ou seja, faz com que a pessoa volte a produzir neurotransmissores que não produzia antes", conta João Branco. Para o fisiologista Raul Santo, a atividade física também pode ser um incentivo para deixar de fumar, já que melhora a respiração, traz sensação de bem estar e fornece mais energia para as atividades cotidianas.
Além disso, existe a pressão social. O indivíduo que passa a praticar qualquer atividade física passa a conviver com pessoas que, em geral, não fumam e nem gostam de cigarro. "Com o tempo, isso pode resultar no abandono do tabagismo por insistência dos novos colegas", sugere Raul Santo.
Embora todas as atividades físicas colaborem com a melhoria, estudo realizado pelo Miriam Hospital's Centers for Behavioral and Preventive Medicine, nos Estados Unidos, indica o treino de resistência com o melhor. De acordo com os resultados, homens e mulheres fumantes que completaram 12 semanas de treinamento de resistência - como parte de um programa de tratamento contra o tabagismo - têm duas vezes mais chances de parar de fumar, em comparação a aqueles que não levantam pesos regularmente.