

Em uma bela manhã de domingo, Henrique Luiz, na época com 44 anos, acorda de manhã com o braço dormente. Henrique fumava cerca de dois maços de cigarro com filtro vermelho por dia, tinha uma dieta rica em fast food e estava fazendo hora extra frequentemente, em seu cargo como consultor de informações gerenciais em um banco. "Levantei oito horas da manhã e achei estranho, porque costumo acordar mais tarde. Pensei que o braço estava dormente porque tinha dormido em cima dele", diz. Sem se preocupar, nosso personagem vai tomar café da manhã, fuma um cigarro, toma banho e... Nada do braço melhorar. "Comecei a suspeitar que pudesse ser algo mais grave e fui a um pronto socorro, fiz os exames e descobri que estava infartando", conta. Ele então foi encaminhado para UTI, onde ficou dez dias internado. "Foi um coágulo que caminhou pelo meu corpo e foi parar em uma veia do coração, causando 80% de entupimento", afirma. Dois cateterismos e três anos de medicamentos - um anticoagulante e outro para reduzir o batimento cardíaco - Henrique mudou sua vida. Hoje ele pratica diversos esportes, como patins e bicicleta, e mudou drasticamente a alimentação, passando do fast food para refeições mais leves. "Um prato que passei a gostar muito depois do infarto foi sushi."
As doenças cardiovasculares são líderes em morte no mundo, sendo responsáveis por quase 30% dos óbitos no Brasil. Dentre estas, o infarto agudo do miocárdio é a causa principal - e os riscos aumentam quanto mais demorado o tempo entre o início dos sintomas e o atendimento final. Henrique Luiz reconheceu os sintomas e procurou um hospital antes que o problema tomasse gravidade, fator essencial para a plena recuperação do paciente.
"O ataque cardíaco acontece quando existe obstrução total da artéria coronária (vasos que irrigam os músculos cardíacos) ou o sofrimento do músculo é tão intenso que as células começam a morrer", afirma o cardiologista Bruno Valdigem, da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas. "Os fatores de risco para o infarto são obesidade, hipertensão, colesterol alto, estresse, diabetes ou infartos anteriores, sendo que homens na meia idade e mulheres após a menopausa são os mais afetados pelo problema", completa Bruno. Veja como reconhecer um infarto e tomar os procedimentos adequados:
Cursos

Existem cursos no Brasil para não profissionais que podem ensinar você a lidar melhor com estas situações de urgência, mesmo que você não seja um médico, enfermeiro ou outra pessoa da área de saúde. Para isso procure um centro formador em hospitais próximos de sua cidade.