

O vírus da imunodeficiência humana (HIV) infecta células do sistema imunológico, destruindo ou prejudicando seu funcionamento. A infecção com esse vírus resulta em uma progressiva deterioração das defesas do paciente, facilitando o surgimento de outras infecções e outros problemas de saúde. O relatório de 2014 da Organização das Nações Unidas (ONU) sugere que a epidemia de Aids pode estar diminuindo: o número de novas infecções pelo HIV em todo o mundo está em um recorde de baixa, as mortes relacionadas com a Aids estão abaixo de 35% e mais pessoas com HIV estão recebendo os medicamentos que necessitam.
O primeiro passo para prevenção é manter hábitos de sexo seguro e fazer os exames para detecção precoce do vírus com regularidade. Mulheres já diagnosticadas com HIV podem se sentir desconfortáveis em discutir essa questão em um relacionamento, e a falta de informação pode facilitar a transmissão da doença. Pensando nisso, conversamos com especialistas para tirar as principais dúvidas de mulheres soropositivas:
Se minha carga viral do HIV está indetectável, preciso transar com camisinha?

Sim. A carga viral "zerada" reflete o sucesso do tratamento em uso, mas não significa que o vírus tenha sido eliminado - ele ainda está presente em algumas células esperando a oportunidade de passar para outro corpo que não tenha os remédios em ação. Além disso, existem locais do corpo em que os medicamentos não agem tão bem. "As chances de transmissão são muito pequenas, mas nunca nulas", afirma Eduardo Finger. Além disso, os exames indicando as cargas próximas de zero pode ser um falso negativo ou o tratamento pode se tornar menos eficaz em algum momento por diversos fatores. Dessa forma, não é possível saber com certeza como está a sua carga viral no momento da relação sexual. "Transar uma vez sem camisinha já é um risco."