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Acordar, tomar café, levar o filho à escola, ir para o trabalho, fazer compras, preparar o jantar, comer e dormir. A rotina é importante para que as coisas continuem andando, mas o excesso de mesmice pode fazer com que as pessoas caiam na zona de conforto. Para as mulheres, o dia a dia pode ser mais cruel, já que ainda há estigmas que jogam trabalho doméstico para elas. Diante da correria, será que está sobrando tempo para fazer algo novo?
A infância é repleta de aprendizados e novidades. Quando amadurecemos, é comum deixar essas descobertas de lado. Mas não deveria ser assim, já que sempre temos a chance de aprender algo novo. "O adulto usa mais a racionalização do que a imaginação. E a criatividade é a característica que nos proporciona essas novas descobertas. É o que nos motiva para novas conquistas e sonhos. Se alguém utiliza muito a racionalização, essa criatividade não se expande", explica a psicóloga Adriana Guimarães.
Por isso, fazer coisas pela primeira vez é o que o Minha Vida propõe no terceiro desafio #EuFaçoPorMim.
O primeiro passo
Sabe o caminho que faz todo dia para ir ao trabalho? A psicóloga recomenda mudar uma rua ou passar por outro bairro. Esses pequenos movimentos ajudam a incluir o inusitado na rotina. E aí você começa a desligar o "modo automático", já que está mais atento ao redor.
A partir disso, a dica é ir se desafiando. No começo, você pode fazer uma lista dos desejos que deixou de lado ao longo da vida e descobrir como realizá-los. A sensação de sangue correndo nas veias se torna vital. Ir ao cinema sozinha, mudar um móvel de lugar, conhecer algum museu na sua própria cidade são exemplos simples que não demandam tanto planejamento ou dinheiro. Viagens para mais longe podem entrar na programação, e então você tem também motivações a longo prazo.
Os benefícios são diversos. Conhecer ambientes, pessoas e até entrar em contato com novos sentimentos gera referências ao cérebro - e torna você uma mulher cada vez mais interessante. Além de ter mais papo para conversar, pessoas com mais referências conseguem ser mais empáticas, porque têm maior facilidade de se colocar no lugar do outro.
Saiba mais: Empatia: como se colocar no lugar do outro e ser mais compreensivo
Passar por novas experiências também mostra que você é capaz de realizar coisas por si mesma. "A intuição é a parte sensorial do corpo humano, presente na região central do cérebro. Já a racionalidade faz parte da área frontal. E é preciso estimular o cérebro como um todo", alerta Adriana.
Medo dos desafios
Cair na mesmice pode não ser apenas uma questão de faixa etária. Há algumas pessoas que são mais propensas ao medo de desafios. E isto pode estar ligado à ansiedade. A necessidade de controle gerada pela ansiedade leva algumas pessoas a preferirem fazer tudo da forma mais segura, o que passa por evitar qualquer resultado inesperado, segundo a psicóloga.
Saiba mais: Como se livrar do medo que paralisa?
"Tem gente que não gosta de mudar de estilo de roupa, por exemplo. Mas é necessário fazer uma reciclagem. E reciclagem mental, para tirar coisas do passado que precisam ser apagadas", recomenda Adriana.
A psicoterapia pode ajudar a perceber que as mudanças em si não são ameaçadoras, mas podem ser muito benéficas. Algumas delas são frequentemente associadas a consequências negativas, mas estes estigmas podem esconder novos aprendizados. A separação de um relacionamento que está fazendo mal ou a demissão de um emprego que já não agrada mais são só alguns exemplos do que, apesar de gerar receio, leva a aprendizados e movimentos positivos.
Esta matéria faz parte do desafio #EuFaçoPorMim, uma iniciativa do Minha Vida para incentivar você a se tornar a mulher da sua vida. Clique aqui para ver mais conteúdos sobre o assunto.