
Redação formada por jornalistas especializados em alimentação, beleza, bem-estar, família, fitness e saúde.

Amamentar o bebê é uma prova de amor, pois o leite materno é o melhor alimento para a criança, de acordo com informações da UNICEF1. Além de promover o crescimento e desenvolvimento, protege o organismo ainda imaturo contra doenças1.
Jose Saavedra, professor de pediatria na Escola de Medicina da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, explica que o alimento é única a fonte natural e a mais completa de HMOs, os Oligossacarídeos do Leite Humano. Estas substâncias exercem diversas funções no organismo do bebê, apoiando a saúde intestinal e o fortalecimento do sistema imunológico, responsável pela defesa do corpo2.
Parece complicado? Entenda o que são HMOs e saiba por que eles fazem do leite materno um alimento tão importante e único.
HMOs, a microbiota intestinal e a saúde do bebê
Os HMOs são carboidratos não digeríveis, ou seja, não são absorvidos pelo organismo do bebê. Portanto, passam diretamente pelo intestino quando deglutidos a cada mamada2.
De acordo com Saavedra, existem mais de 200 tipos de HMOs no leite humano. Todos eles contêm glicose e galactose - dois tipos de carboidratos - além de outros compostos. Dentre as centenas de HMOs presentes no alimento, dois deles são especialmente importantes para a saúde do bebê: o 2'-FL (2 fucosil lactose) e a LNnT (Lacto-N-neotetraose)2.
Ambos, em combinação com os demais HMOs, têm papel importante na promoção de uma microbiota intestinal saudável, responsável por fortalecer a integridade do intestino, proteger o corpo contra patógenos (organismos capazes de provocar doenças) e regular a imunidade3. Por consequência, o corpo fica sujeito a menos infecções e doenças, como diarreia e infecções do trato respiratório2.
Mas como os oligossacarídeos do leite humano (HMOs) protegem a saúde da microbiota? Quando chegam ao trato intestinal, servem como "alimento" para bactérias probióticas, as famosas ?bactérias boas? que protegem o organismo contra os microrganismos causadores de doenças4. De acordo com o professor de pediatria, os oligossacarídeos do leite materno também se ligam a possíveis patógenos, como a Escherichia coli, limitando as chances de infecção2.
Leite materno é único
Os HMOs não são encontrados em quantidades significativas no leite de outros animais, como vaca e cabra, nem em outros alimentos, sendo algo único do leite materno. Assim, o desenvolvimento da microbiota intestinal é especialmente favorecido pela amamentação, reforça o Saavedra2.
Nos últimos 20 anos, estudos feitos em lactentes comprovaram os benefícios dos HMOs e documentaram como eles agem no organismo. Tais pesquisas também possibilitaram a produção de estruturas similares em laboratório. "Mais recentemente, os avanços nas pesquisas de alguns HMOs específicos, como 2?FL e LNnT, têm representado um importante marco na nutrição infantil e na ciência dos oligossacarídeos do leite humano", afirma o profissional2.
Saiba mais: Leite materno: vantagens do alimento ideal para bebês vão além dos nutrientes
Bebês exclusivamente amamentados têm melhor saúde geral em comparação aos que não consomem leite materno. Entre os muitos benefícios da amamentação, há o menor risco de infecções e desenvolvimento de doenças crônicas na vida adulta, como alergias, obesidade e diabetes, além do melhor desempenho cognitivo2. Vamos amamentar?
Referências:
1. Aleitamento Materno. Unicef. Disponível em: https://www.unicef.org/brazil/aleitamento-materno. Acesso em 12 de dezembro de 2019.
2 - SAAVEDRA, Jose M. Entrevista concedida ao Minha Vida ? arquivo interno. São Paulo, 09 dez de 2019.
3. Thursby, Elizabet. Juge, Nathalie. Introduction to the human gut microbiota. Biochemical Journal. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5433529/. Acesso em 12 de dezembro de 2019.
4. Varavallo, Maurilio A. Thomé, Julia N. Teshima, Elisa. Aplicação de bactérias probióticas para profilaxia e tratamento de doenças gastrointestinais. Semina: Ciências Biológicas e da Saúde. 29. 2009. Disponível em: http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/seminabio/article/view/3456. Acesso em 12 de dezembro de 2019.
A Nestlé contribuiu com esta publicação.
NOTA IMPORTANTE: A nutrição ideal para mães e bebês durante os primeiros 1.000 dias de vida é fundamental para a saúde ao longo da vida. Acreditamos que o aleitamento materno é a melhor opção para o lactente proporcionando benefícios nutricionais, de proteção contra doenças e afetivos, demonstrando sua superioridade quando comparado aos seus substitutos. A alimentação equilibrada e saudável durante gestação e amamentação ajudará a construir reservas de nutrientes necessários para uma gravidez saudável e é vital para o desenvolvimento de seu bebê. A amamentação é recomendada de forma exclusiva até o 6º mês, e a partir desse momento deve-se iniciar a introdução de alimentação complementar mantendo o aleitamento materno (ou o uso de seus substitutos, quando necessários) até os 2 anos de idade ou mais. Como bebês crescem em ritmos diferentes, busque orientação com seu profissional de saúde sobre o momento apropriado para iniciar a alimentação complementar. O uso desnecessário de mamadeiras, bicos e chupetas, bem como a introdução desnecessária ou inadequada de alimentos artificiais e de demais alimentos e bebidas, devem ser desencorajados, pois podem prejudicar o aleitamento materno e a saúde do lactente, além de dificultar o retorno ao aleitamento ao seio. Lembre-se destes aspectos caso você opte por não amamentar e decida utilizar outros alimentos ou substitutos do leite materno. O preparo de fórmulas infantis deve seguir rigorosamente as instruções de preparo do rótulo, incluindo a adequada higienização e esterilização de mamadeiras e utensílios, e o uso de água previamente fervida para evitar prejuízos à saúde do bebê. Você deve estar ciente das implicações econômicas e sociais do não aleitamento ao seio. O leite materno não é somente o melhor, mas também o mais econômico alimento para o bebê, e o uso de seus substitutos aumenta significativamente os custos no orçamento familiar. É importante que a família tenha uma alimentação equilibrada e que, no momento da introdução de alimentos complementares, respeitem-se os hábitos educativos e culturais para escolhas alimentares saudáveis. Recomendamos que converse com seu profissional de saúde quando decidir pela opção de alimentação de seu bebê e para obter mais informações sobre preparo e manutenção da amamentação.
Em conformidade com a Lei 11.265/06 e regulamentações subsequentes; e com o Código Internacional de Comercialização dos Substitutos do Leite Materno da OMS (Resolução WHA 34:22, maio de 1981).