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Enquanto uns amam o inverno, outros o detestam. Por isso, todo ano surgem debates sobre qual estação é a melhor para dormir, se vestir, comer ou fazer qualquer outra tarefa do dia a dia. Só tem um fator que é indiscutível: no frio, é mais difícil manter os níveis de vitamina D adequados¹, ou seja, acima de 20 ng/mL no sangue².
Isso acontece porque, quando as temperaturas estão baixas, as pessoas tendem a passar mais tempo em ambientes fechados e com muitas camadas de roupa. Além disso, no inverno, há uma incidência menor de raios solares na atmosfera³. Dessa forma, há uma diminuição natural do tempo de exposição solar, o que, consequentemente, prejudica a obtenção desse nutriente¹.
A boa notícia é que, apesar de a vitamina D ser obtida principalmente a partir do contato da pele com o Sol, existe a possibilidade de aumentar as suas taxas no corpo seguindo algumas dicas simples⁴.
Como manter os níveis de vitamina D em dia
Antes de tudo, é importante tomar Sol mesmo durante o inverno⁵, sempre com protetor solar para proteger a pele⁶ dos raios ultravioletas (UV). De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, cerca de 5 a 10 minutos por dia de atividades ao ar livre já bastam⁵.
Em alguns casos, no entanto, isso pode não ser suficiente - o que acaba exigindo a suplementação⁴ com vitaminas como Sany D. A estratégia é recomendada para quem já tem ou corre grande risco de desenvolver deficiência de vitamina D⁴, incluindo pessoas que passam muito tempo em ambientes fechados devido à falta de tempo para tomar Sol.
Geralmente doses pequenas de suplemento, como as de 1.000UI e 2.000UI, já bastam para manter os níveis de vitamina D adequados no organismo⁷. Apesar disso, em casos mais graves, pode ser necessário ingerir doses maiores, que demandam antes uma avaliação médica⁷.
Benefícios da vitamina D
Tudo isso é importante para prevenir problemas ósseos, como o raquitismo, o retardo do crescimento em crianças e a osteoporose em adultos, já que a vitamina D facilita a absorção de cálcio no organismo e, consequentemente, fortalece os ossos⁴.
E tem mais: estudos recentes apontam que esse nutriente também é capaz de ajudar a aumentar a imunidade e prevenir doenças respiratórias⁸ - algo que torna ainda mais relevante a manutenção dos níveis de vitamina D adequados no inverno, já que, nessa época, aumentam os casos de gripe, pneumonia, rinite etc⁹.
Assim, ao notar sintomas como alterações ósseas, irritabilidade, sudorese fora do normal, atraso na erupção dentária¹⁰, fraqueza muscular, dor nos ossos e músculos⁸, o ideal é procurar um especialista para verificar se não se trata de deficiência de vitamina D¹⁰. Só não se esqueça que, muitas vezes, a condição pode ser assintomática¹⁰.
Referências
1 - BRASIL. Ministério da Saúde. Vitamina D na prevenção e tratamento de pacientes com COVID-19. Disponível em: <https://www.gov.br/saude/pt-br/coronavirus/publicacoes-tecnicas/notas-tecnicas/nota-tecnica-vitamina-d-covid-19.pdf>. Acesso em 25 jul. 2022.
2 - BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde. Portaria Conjunta nº 02, de 11 de janeiro de 2022. Brasília, 2022.
3 - ANDRADE, P. C. de O. Alimentação, fotoexposição e suplementação: influência nos níveis séricos de vitamina D. Revista Médica de Minas Gerais, Alfenas, v. 25, n. 3, 2014. Disponível em: <http://www.rmmg.org/artigo/detalhes/1823>. Acesso em 27 jul. 2022.
4 - MAEDA, S. S. et al. Recomendações da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) para o diagnóstico e tratamento da hipovitaminose D. Arq. Bras. Endocrinol. Metab., [s. l.], v. 58, n. 5, 2014. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/abem/a/fddSYzjLXGxMnNHVbj68rYr/?lang=pt>. Acesso em 25 jul. 2022.
5 - BRASIL. Ministério da Saúde. Tome um banho de sol! Disponível em: <https://www.gov.br/servidor/pt-br/assuntos/contecomigo/paginas/paginas-dos-hyperlinks/bem-estar-e-saude-1/tome-um-banho-de-sol>. Acesso em 25 jul. 2022.
6 - PASSERON, T. et al. Sunscreen photoprotection and vitamin D status. Br. J. Dermatol., Londres. v. 181, n. 5, p. 916-931. Disponível em: <https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/31069788/>. Acesso em 25 jul. 2022.
7 - FRAGA, A. S. A.; SCHUCH N. J; DA SILVA, M. C. Vitamina D na geriatria: por que suplementar? Ciências da Saúde, Santa Maria, v. 19, n. 3, p. 339-352, 2018. Disponível em: <https://periodicos.ufn.edu.br/index.php/disciplinarumS/article/download/2698/2251#:~:text=As%20doses%20de%20manuten%C3%A7%C3%A3o%20di%C3%A1rias,INSTITUTE%20OF%20MEDICINE%2C%202011>. Acesso em 03 ago. 2022.
8 - JORGE, A. J. L. et al. Deficiência da Vitamina D e Doenças Cardiovasculares. International Journal of Cardiovascular Sciences, Niterói, v. 31, n. 4, p. 422-432. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/ijcs/a/8nGNrPGskVkNWGJSdTbHWzb/?lang=pt&format=pdf>. Acesso em 25 jul. 2022.
9 - ANTUNES, M. D. et al. Efeito das estações do ano no pico de fluxo expiratório de idosos institucionalizados e não institucionalizados. Fisioter. Pesqui., São Paulo, v.26, n. 3, 2019. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/fp/a/4M9bCt5hrwY4xrSZ85QpvVw/?lang=pt>. Acesso em 03 ago. 2022.
10 - SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA DE SÃO PAULO. Suplementação de nutrientes: As crianças representam um grupo de grande vulnerabilidade para deficiências de macro e micronutrientes. Boletim da Sociedade de Pediatria de São Paulo, São Paulo, v. 4, n. 5, 2019. Disponível em: <https://www.spsp.org.br/site/asp/boletins/AtualizeA4N5.pdf>. Acesso em 25 jul. 2022.