Ginecologista e Obstetra. Médica Assistente do Ambulatório de Reprodução Assistida da Faculdade de Ciências Médicas da S...
iRedatora de saúde e bem-estar, autora de reportagens sobre alimentação, família e estilo de vida.
A influenciadora digital Brenda Nathiele viralizou nas redes sociais após anunciar que está grávida do quarto filho. A novidade pegou todos de surpresa, pois a influencer realizou o processo de laqueadura tubária, procedimento de esterilização para mulheres que não desejam mais engravidar. Em sua última gestação, Brenda também foi pega desprevenida, pois utilizava o DIU como método contraceptivo.
Na laqueadura, as trompas, que são os canais que conectam os ovários ao útero, são cortadas, amarradas, obstruídas e fechadas com o auxílio de anéis e grampos. Dessa forma, os espermatozóides não conseguem chegar até os óvulos e não há fecundação.
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A laqueadura pode falhar?
Igualmente a outros métodos contraceptivos, a laqueadura pode falhar. No entanto, as chances de falha são muito baixas e raras. Em artigo ao MinhaVida, a ginecologista e obstetra, Karina Tafner, explicou que a laqueadura possui taxa de 98% de sucesso como forma de contracepção.
Em caso de grávidez mesmo após o procedimento, é possível que as trompas tenham se recanalizado, ou seja, formado um novo canal possibilitando a passagem do espermatozóide até o óvulo. Por se tratar de um cenário raro, cada quadro deve ser investigado por um médico.
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Quem pode fazer laqueadura?
A laqueadura pode ser realizada por mulheres com, no mínimo, 21 anos de idade ou que já tenham dois ou mais filhos vivos. Em caso de pacientes casadas, a autorização do cônjuge não é mais necessária após a aprovação de um projeto de lei em 2022.
A cirurgia é ofertada gratuitamente no Sistema Único de Saúde. (SUS), em unidades que fornecem serviços de ginecologia. O procedimento pode ser realizado ainda durante o parto de cesárea, evitando que a mulher passe por um novo processo cirúrgico. Para isso, é importante que a solicitação seja feita ao médico responsável com pelo menos 60 dias de antecedência antes do parto.