
Jornalista com sete anos de experiência em redação na área de beleza, saúde e bem-estar. Expert em skincare e vivências da maternidade.
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Nossa relação com os celulares é cada vez mais contraditória. Sentimos raiva deles e de suas constantes interrupções, culpando-os pela insônia ou por dias de trabalho exaustivos — mas não conseguimos viver sem esses aparelhos. Segundo especialistas da Psychology Today, essa relação pode ser considerada uma forma de autossabotagem diária. No entanto, uma simples mudança nas configurações do seu celular pode reduzir a ansiedade e melhorar seu bem-estar.
Uma pesquisa da Gallup, realizada em 2022, revelou que 58% dos americanos admitem usar seus telefones em excesso. Esse número sobe para quase 80% entre os jovens com menos de 30 anos. Já uma pesquisa de 2018 mostrou que apenas 17% das pessoas acreditavam conseguir passar um dia inteiro longe do smartphone, e alarmantes 8% afirmaram que não aguentariam ficar sequer uma hora sem ele.
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Como reduzir o impacto negativo do uso do celular
Um estudo da Universidade da Pensilvânia descobriu que limitar o uso das redes sociais a apenas 30 minutos por dia reduz significativamente os níveis de ansiedade, depressão e solidão. Outro estudo, publicado no American Journal of Preventive Medicine, relacionou o uso excessivo das redes sociais ao dobro do risco de isolamento social percebido.
Tudo isso indica que devemos tomar atitudes para proteger nossa saúde mental e emocional e promover nosso bem-estar — em vez de nos prejudicar diariamente ao usar o celular de forma indiscriminada.
Talvez não consigamos parar completamente de usar o telefone, especialmente para nos comunicar, mas podemos limitar seu uso ao essencial.
Duas semanas sem acesso à internet móvel
Um estudo mais recente pediu a 467 participantes que instalassem um aplicativo para bloquear o acesso à internet no celular por duas semanas — uma simples mudança nas configurações que pode trazer muitos benefícios para o corpo e a mente.
Os resultados mostraram que 91% dos participantes relataram melhorias na saúde mental e emocional, incluindo uma redução dos sintomas depressivos superior à observada em alguns testes com antidepressivos após essa mudança no uso do celular.
Eles também relataram dormir melhor, sentir-se mais conectados socialmente e experimentar uma maior sensação de controle sobre o próprio tempo e as decisões diárias. Em outras palavras: se desconectar faz muito bem para o nosso bem-estar.
Essa simples mudança nas configurações do celular — como permitir apenas chamadas e mensagens de texto ou limitar o uso das redes sociais a no máximo 30 minutos por dia — pode representar uma grande ajuda para a saúde mental e emocional.
O estudo concluiu que os participantes passaram a consumir menos mídia no geral. Em vez de trocar o tempo de celular pela televisão, passaram a se dedicar a atividades que favorecem a saúde mental e que, de outra forma, seriam deixadas de lado: socializar mais, praticar exercícios físicos ou passar mais tempo na natureza.
Outra descoberta interessante foi que mesmo os participantes que não completaram as duas semanas se beneficiaram da restrição de acesso à internet no celular. No entanto, aqueles que chegaram ao fim do experimento foram os que obtiveram os maiores ganhos. Isso mostra que não é necessário bloquear o acesso por duas semanas inteiras — limitar o uso da internet e das redes sociais de forma rotineira já pode trazer resultados muito positivos para a saúde mental e emocional.
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