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o rosto e o corpo sem o processo invasivo da cirurgia plástica parece um sonho que, atualmente, vem sendo realizado por muitos cirurgiões. O tratamento é chamado de bioplastia e apenas com anestesia local pode proporcionar as melhorias desejadas pelo paciente, como um lábio mais carnudo ou um nariz mais arrebitado.
A substância polimetilmetacrilato (PMMA) é injetada na pele e modelada pelo cirurgião, de acordo com o objetivo do paciente. É como se fosse uma plástica sem cortes para melhorar o contorno do rosto ou outras partes do corpo.
No entanto, a técnica não é autorizada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para procedimentos estéticos.
A dermatologista da Unifesp, Ediléia Bagatin, explica que "a substância já é usada há bastante tempo na medicina, mas com propriedade reparadora, com objetivo de corrigir defeitos,
e não com função estética". Ela diz ainda que o PMMA, geralmente, é usado em pessoas portadoras do vírus HIV, que devido ao tratamento, perdem o tecido gorduroso do rosto, causando marcas e formando um estigma.
A bioplastia é feita por cirurgiões plásticos, e na maioria das vezes, em suas próprias clínicas, devido à facilidade do processo.
Ediléia alerta que os malefícios não vêm logo no princípio. "O organismo rejeita após de um certo tempo. Dias seguidos da aplicação parece que está tudo bem, mas depois a reação vem com tudo", afirma.
A dermatologista ressalta que existem muitos relatos de complicações. As mais comuns são necrose, infecção e deformidades, já que o produto pode mudar de lugar e causar estragos no rosto da pessoa.
As deformidades são permanentes, pois este tipo de preenchedor é definitivo. Ou seja, não some no organismo com o passar do tempo. O principal problema do procedimento é que ainda não existem estudos sobre os futuros danos que o PMMA pode causar à saúde. Isto significa que quem se submete à bioplastia está dando um tiro no escuro. Fique atenta.