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Uma campanha nacional da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) pretende esclarecer dúvidas que a população tem sobre a psoríase - uma doença de pele comum que, além de causar desconforto e irritação na pele, pode levar grande sofrimento psicológico ao paciente.
Com o slogan "Solidariedade contagia, psoríase não", a Campanha de Conscientização da Psoríase quer combater o preconceito com informação. Neste dia 26 de outubro, os dermatologistas ficarão de plantão em mais de 40 postos espalhados pelo país, para esclarecer dúvidas sobre a doença, tais como: de que modo a psoríase se manifesta, como identificá-la e quais são as formas de tratamento.
"A psoríase não é contagiosa. Você pode abraçar e beijar qualquer pessoa que tenha a doença sem medo de se contaminar. Embora não tenha cura, a psoríase tem tratamento e pode ser controlada", diz a diretora de ações institucionais da SBD, Claudia Maia.
A ação vai acontecer em locais de grande circulação de pessoas, rodoviárias, shopping e praças, como a Cinelândia no Rio de Janeiro. "Queremos mostrar tanto para os portadores quanto para as pessoas que estão perto deles que é possível conviver com a psoríase sem se tornar uma vítima ou refém dela", afirma a professora Maria Denise Takahashi , também coordenadora da campanha.
O que é a psoríase?
A psoríase é uma doença inflamatória de pele crônica muito comum, que afeta 3% da população, principalmente na faixa dos 40 anos de idade. Na maioria das vezes, ela se manifesta por lesões róseas ou avermelhadas, recobertas por escamas esbranquiçadas. Em alguns casos, as lesões podem estar localizadas apenas nos cotovelos, joelhos ou couro cabeludo. Na maioria das vezes, por lesões róseas ou avermelhadas, recobertas por escamas esbranquiçadas.
Em alguns casos, as lesões podem estar localizadas apenas nos cotovelos, joelhos ou couro cabeludo. Em outros, as lesões se espalham por toda a pele. Frequentemente as unhas também são atingidas. Existem casos em que as articulações também podem ser afetadas, causando a artrite psoriática. Além dos principais tipos de psoríase, existem ainda a psoríase em gotas, eritrodérmica, psoríase pustulosa, invertida e palmo-plantar.
Pesquisas demonstram que pode ser uma doença hereditária e nesses casos existe a probabilidade de 30% de alguém na família ter a doença. Alguns fatores podem aumentar ou desencadear a doença, como o estresse emocional, traumas ou irritações na pele, infecções na garganta e alguns medicamentos.
Como é feito o diagnóstico?
Pelo simples exame clínico do dermatologista, é possível diagnosticar a doença. A psoríase não causa manifestação nos órgãos internos. Por isso, os exames de laboratórios têm pouca utilidade. Além do exame dermatológico, o único recurso que pode confirmar o diagnóstico é uma biópsia da pele. Este é um procedimento simples, feito no consultório ou ambulatório.
Quais são as formas de tratamento?
São várias as formas de tratamento, portanto cabe ao dermatologista avaliar a melhor indicação. Nas mais leves, são prescritos medicamentos tópicos sob a forma de pomada, loções, xampus ou géis. A exposição solar gradativa costuma melhorar muito o quadro. Nas formas mais avançadas, além de duas ou três sessões de fototerapia por semana, podem ser indicados medicamentos de uso interno via oral ou injetável, dependendo do caso.
É fundamental usar diariamente hidratantes ou substâncias que ajudem a manter a pele com menos escamas. Evitar a manipulação frequente das lesões para retirar as escamas e não usar medicações que possam exacerbar o quadro é fundamental para o controle adequado da enfermidade.
Outras informações sobre a Campanha Nacional de Conscientização da Psoríase no site da Sociedade Brasileira de Dermatologia (www.sbd.org.br).
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