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O desempenho escolar e a saúde dos jovens também dependem da qualidade do sono. Adolescentes que não dormem tempo o suficiente em período escolar estão mais propensos a comportamentos que colocam sua saúde em risco do que aqueles que dormem pelo menos oito horas diariamente. A análise foi liderada pelo Centers of Disease Control and Prevention (CDC), dos Estados Unidos.
A pesquisa, que fazia parte da National Youth Risk Behavior Survey de 2007, foi baseada na entrevista de 12.154 alunos do ensino médio. Todos os participantes tiveram que responder à seguinte pergunta: em média, quantas horas de sono você tem no período escolar? Oito ou mais horas de sono foi considerado adequado e menos do que oito horas foi considerado insuficiente.
Os resultados mostraram que 68,9% dos indivíduos entrevistados declararam não dormir tempo o suficiente e tal condição foi relacionada a 10 diferentes fatores de risco para a saúde. Alguns dos riscos identificados foram: probabilidade 86% maior de tentar suicídio; 67% maior de fumar; 64% maior de consumir bebidas alcoólicas; 62% maior de relatar tristeza ou desesperança; 52% maior de usar maconha; 41% maior de ser sexualmente ativo (com risco de doenças sexualmente transmissíveis) e 40% maior de se envolver em conflitos físicos. Além disso, eles também eram mais propensos a ser fisicamente inativos e usar o computador por três ou mais horas por dia.
A National Sleep Foundation recomenda de 8,5 a 9,25 horas de sono para indivíduos de 10 a 17 anos. Pessoas que dormem menos do que o necessário estão dificultando a tarefa do organismo de realizar processos fundamentais para o equilíbrio e a saúde do corpo.
Dormir ajuda a consolidar novos conhecimentos
Segundo outra pesquisa, apresentada na 25ª Reunião de Aniversário da Associated Professional Sleep Societies, dormir ajuda estudantes universitários a apreender melhor o que foi passado em sala de aula. Os estudiosos alegam que, quando o corpo repousa, as informações ficam sendo repetidas no cérebro, ajudando a consolidar memórias.
A análise envolveu 102 estudantes universitários que nunca haviam cursado economia. Divididos nos períodos matutino e noturno, eles assistiram palestras introdutórias que exploravam conceitos do tema em questão. O próximo passo foi submetê-los a uma série de exames: imediatamente após a exposição do assunto; 12 horas depois, incluindo período de sono; 12 horas depois, sem período de sono, e após uma semana.
Os resultados apontaram que o desempenho dos estudantes que tiveram um período de sono nas 12 horas subsequentes manteve-se preservado. Por outro lado, aqueles que fizeram a prova uma semana depois ou 12 horas após a palestra sem dormir, tiveram o rendimento afetado.
Outro ponto destacado pelos pesquisadores foi o fato de que, aqueles que tiveram um período de descanso nas 12 horas seguintes, demonstraram maior capacidade de combinação de conceitos. Isso mostra a importância do sono não só para a fixação de dados, como também para a habilidade de flexibilidade.
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