

Um número assombra as mulheres: o total de diagnósticos positivos de HIV, atualmente, já de uma paciente para cada 1,7 homem infectado com o vírus, de acordo com dados do Ministério da Saúde. Há 20 anos, esta proporção era de uma mulher contaminada para seis homens - cenário que vem se alterando, principalmente, devido ao baixo uso de preservativos, durante as relações sexuais, por mulheres casadas ou com relacionamentos estáveis. "Muitas vezes, elas não têm coragem de exigir a proteção na hora do sexo", afirma o infectologista Jorge Senise, da Unifesp.
Dentro deste novo panorama, surge outra preocupação: a transmissão do vírus de possíveis gestantes para seus filhos. A situação, no entanto, pode ser evitada com um pré-natal rigoroso e cuidados durante e após o nascimento do bebê. "Portadoras do HIV que fazem tratamento contra Aids e que têm acompanhamento médico apresentam menos de 2% de chance de passar o vírus para o bebê", afirma o médico.
O Minha Vida conversou com dois especialistas para saber os cuidados que futuras mães com diagnóstico soropositivo devem tomar para proteger o bebê da infecção, ainda sem cura.
Relações sexuais

"A camisinha deve ser usada em qualquer situação, mesmo quando as duas pessoas do casal apresentam HIV", afirma a infectologista Risia. Segundo ela, os tipos de vírus podem ser diferentes, provocando uma nova infecção e aumentando o risco de transmissão do vírus para o bebê.