

A obesidade é uma doença relacionada a muitas causas e, por isso mesmo, de tratamento lento e multidisciplinar. A obesidade pode estar ligada a distúrbios alimentares, ao sedentarismo, a disfunções hormonais e, por trás disso tudo ainda, à herança genética. Um time de educadores físicos, nutricionistas, psicólogos e endocrinologistas forma a melhor equipe para dar um fim nos quilos a mais.
De acordo com o endocrinologista Amélio Godoy Matos, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e da Associação para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (ABESO), a maior parte dos tratamentos inclui um arsenal de remédios, já que são poucos os casos em que o paciente consegue reverter o problema apenas com disciplina. "Isso não significa, entretanto, que o uso de remédios dispense a adoção de hábitos saudáveis", explica.
E está aí um dos principais nós relacionados ao controle de peso: muita gente acha que basta controlar a medicação para que os quilos comecem a desaparecer. "Quando isso não acontece, vem a frustração e o abandono das consultas", aponta. O erro é comum, mas não o único. Se você já tentou emagrecer e não alcançou sua meta, veja os principais erros, apontados por especialistas, no tratamento da obesidade:
Resistir a tratamentos mais agressivos

"A cirurgia bariátrica nunca é a primeira opção de tratamento para pessoas com obesidade", afirma o endocrinologista Marcos. Mas indivíduos com índice de massa corpórea (IMC) maior do que 40 ou com IMC maior do que 30 e tendência a desenvolver doenças associadas à obesidade, como o diabetes, geralmente recebem indicação para a intervenção cirúrgica. Isso porque, neste caso, a necessidade de perder peso é imediata. Além disso, disciplina para mudar hábitos de vida nem sempre é o suficiente para vencer essa doença crônica. Por isso, o acompanhamento médico é fundamental.