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Nos últimos dias, uma tendência um tanto quanto inusitada vem gerando bastante debate na internet. Muitas pessoas estão ‘adotando’ bebês reborn — bonecas ultrarrealistas, criadas para parecer um bebê de verdade —, e oferecendo a eles cuidados dignos de um recém-nascido.
Os bebês reborn, geralmente, são de silicone, feitos manualmente por artistas que prezam por detalhes minuciosos, que garantem que o objeto seja o mais semelhante possível com uma criança real. Entre os detalhes que mais chamam a atenção está a aplicação de veias, cílios, rugas e fios de cabelos.
Embora pareça estranho para alguns, a razão por trás do sucesso dos bebês reborn pode ser simples: o potencial efeito terapêutico que cuidar de um ‘brinquedo’ como esse tende a proporcionar.
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Bebê reborn como terapia
Segundo uma reportagem da CNN, mulheres que enfrentaram perdas gestacionais, infertilidade ou transtornos emocionais têm recorrido aos bebês reborn como forma de alívio e conforto.
A fotógrafa Karolina Jonderko, que documentou histórias de usuárias desses bonecos, revela que o vínculo simbólico criado com os reborns ajuda a processar o luto e reduzir sintomas de ansiedade.
Já Barbara Smolinska, artista reborn, contou à CNN que muitas de suas clientes relatam sentir sensação de calma e até melhora de sintomas depressivos ao interagir com os bonecos. Uma delas, Ewa, disse que deixou de ter pensamentos suicidas após receber um reborn inspirado em seu filho falecido com apenas 18 dias de vida.
É importante destacar que embora os bebês reborn possam oferecer alívio emocional e ajudar em situações de luto e ansiedade, eles não substituem um acompanhamento psicológico profissional. O cuidado com esses bonecos pode funcionar como uma ferramenta simbólica de acolhimento e suporte emocional, mas não resolve questões mais complexas que exigem intervenção terapêutica.
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Referências
1 - THESE lifelike dolls are helping women heal. CNN, [S. l.], p. 1-1, 9 abr. 2021. Disponível em: https://edition.cnn.com/interactive/2021/04/health/reborn-dolls-wellness-cnnphotos/. Acesso em: 30 abr. 2025.