

O leite materno é, sem dúvida, o principal alimento para os bebês, mas com o tempo a criança passa a precisar de outros nutrientes. "Após seis meses de idade o aleitamento materno exclusivo não supre de maneira adequada a necessidade energética, proteína e de ferro do bebê", explica a nutricionista Paula Crook, especialista em nutrição infantil. Tanto que um estudo de abril de 2013 realizado por pesquisadores da Universidade de Toronto mostrou que a cada mês adicional em que a amamentação é o alimento exclusivo da criança, aumenta 5% a deficiência de ferro, o que pode favorecer a anemia.
A partir dos 6 meses é importante que os pais comecem a introduzir outros alimentos, principalmente para amenizar essas deficiências. Mas para não passar direto do líquido para o sólido, as papinhas são o item intermediário. "A consistência vai se modificando ao longo do tempo, até os 9 meses o item deve ser bem cozido, macio e amassado com garfo; a partir daí até os 12 meses, pode ter pedaços do alimento, mas continua sendo bem cozido. Até que com um ano a criança comece a comer o mesmo que o resto da família", ensina Isabel Jereissari, nutricionista especialista em nutrição materno-infantil.
O leite, porém, não precisa ser tirado definitivamente. "O ideal é fazer alimentação complementar, porque a criança pode e deve continuar mamando no peito quando começa a comer as papinhas", acredita Karine Durães, nutricionista especializada em Pediatria. Mas é normal que muitas dúvidas pipoquem na cabeça das mães sobre esse assunto, principalmente as de primeira viagem. Por isso alguns especialistas esclareceram algumas delas. Veja quais são as suas também!
Alguns alimentos podem causar alergias?

Os pais devem tomar cuidado quando escolhem os ingredientes da papinha. "Considerando que o bebê ainda não tem uma capacidade fisiológica e funcional totalmente desenvolvida, tanto no trato gastrintestinal como do sistema imunológico, a introdução de alimentos com maior potencial alergênico só deve ser feita após o primeiro ano de vida", ensina Paula. Mas quais são esses alimentos com que devemos tomar mais cuidado? "Frutas cítricas, oleaginosas, o mel, peixe, frutos do mar, farinha e glúten, soja... Todos eles têm mais potencial alergênico", lista a nutricionista Isabel.