

O exame de vínculo genético, conhecido como exame de DNA, consiste em uma análise laboratorial genética para determinar quem são os pais de uma criança. É comum que o vínculo seja determinado a partir de amostras do sangue do bebê, do pai e da mãe. Todavia, será que é possível realizar esse teste ainda na gestação?
De acordo com Karen Rocha De Pauw, médica ginecologista e obstetra especializada em reprodução humana, sim. É possível realizar um exame de DNA durante a gestação para determinar quem é o pai da criança.
Há duas formas de análise de DNA durante a gestação: o método invasivo, que só pode ser feito com auxílio de ginecologista/obstetra e o método não invasivo, em que é necessária apenas uma amostra de sangue da mãe. Confira quais são os riscos, valores e diferenças entre as metodologias.
Método não invasivo
O método não invasivo de determinação de vínculo genético durante a gravidez é feito por meio de uma coleta de sangue da gestante. Em seguida, especialistas em reprodução humana realizam uma análise sensível e avançada da amostra de sangue com o objetivo de obter uma pequena quantidade de DNA fetal.
Esse teste não representa nenhum tipo de risco para a gestante ou para a criança. Entretanto, por se tratar de uma tecnologia nova, seu custo é elevado. Segundo a médica Karen Rocha de Pauw, o valor pode variar de R$ 1.000,00 até R$ 5.000,00, de acordo com a clínica que oferta o serviço.
Para realizar este procedimento, é necessário buscar por uma unidade especializada em genética após a 11ª semana de gestação. A fim de obter um resultado preciso, é necessário certificar-se de que o suposto pai não tenha realizado transfusões sanguíneas nos últimos seis meses ou transplante de órgão.
Método invasivo
Caso a gestante opte pelo método invasivo, será necessário aguardar um pouco mais. O exame só pode ser realizado após 12 semanas de gestação, calculando com base na data da última menstruação. Ainda assim, será necessário que o médico examine se a gestante está apta ou não para realizar este procedimento.
Entre 12ª e a 15ª semana
Durante o procedimento, o médico ginecologista/obstetra irá coletar uma biópsia de vilosidades da placenta. A médica Karen Rocha de Pauw pontua. "Há um pequeno risco (1%) em optar por esse procedimento invasivo. É possível ocorrer sangramento durante o procedimento ou iniciar o trabalho de parto".
Portanto, é necessário que seja assinado um termo de consentimento, já que, além do risco de sangramento, há 0,5% de risco de aborto.
Após a 16ª gestacional, é possível realizar um procedimento chamado de amniocentese. O médico irá aspirar via transabdominal uma pequena quantidade de fluído da bolsa amniótica que envolve o feto.
Por se tratar de uma análise genética menos minuciosa (em comparação ao método não invasivo), o tempo de entrega dos resultados é menor. O custo do procedimento é mais acessível e varia entre R$ 800,00 e R$ 1500,00 (dependendo do laboratório).