Graduado em medicina pela Universidade de Araraquara, Dr. Elizeu Neto se graduou cirurgião geral pela Santa Casa de Arar...
iRedatora de saúde e bem-estar, autora de reportagens sobre alimentação, família e estilo de vida.
O papiloma vírus humano (HPV) é uma infecção sexualmente transmissível (IST) que provoca o surgimento de verrugas e lesões em diferentes partes do corpo, como pés, mãos e órgãos genitais. Sua forma de transmissão ocorre no contato direto com a pele, sendo mais frequente durante o ato sexual.
Além das lesões, a condição pode causar sintomas como coceira e irritação na área afetada. No entanto, algumas lesões podem ser imperceptíveis a olho nu, sendo necessários exames para obter o diagnóstico e o direcionamento do tratamento para HPV.
Confira 9 exames que detectam o HPV em homens e mulheres.
1. Papanicolau
O papanicolau é um exame ginecológico de rotina que detecta alterações nas células da região do colo do útero e pode detectar a presença do HPV em mulheres. O procedimento é feito em consultório ginecológico e consiste na coleta de material genético do colo do útero para identificar a presença do vírus.
2. Peniscopia
A peniscopia é o exame usado para detectar a presença de HPV em homens. O procedimento é realizado em consultório médico, por um urologista, e busca analisar lesões ou alterações na região peniana e anal. “Nos homens, normalmente, a verruga é visível, externa, o que facilita o diagnóstico. Então a gente já faz a remoção e envia o material para análise genética”, explica o urologista Elizeu B. Neto.
3. Vulvoscopia
A vulvoscopia analisa toda a região externa do órgão genital feminino e pode diagnosticar o HPV. O exame de imagem é indolor, realizado em consultório médico, e é capaz de identificar lesões ou anormalidades na vulva. Pode ser coletada uma amostra de tecido para ser feita uma biópsia.
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4. Colposcopia
A colposcopia é o procedimento utilizado para diagnosticar o HPV no colo do útero. Trata-se de um exame ginecológico mais detalhado do que o papanicolau e, por isso, normalmente é solicitado para aprofundar o diagnóstico. Com a ajuda de um microscópio, o procedimento avalia possíveis anormalidades na região da vulva, da vagina e do colo do útero.
5. Anuscopia
A anuscopia é o procedimento realizado por um proctologista que analisa, através de uma câmera, a mucosa do ânus em busca de possíveis lesões de HPV. O exame pode ser feito por homens e mulheres.
6. Biópsia
A coleta do material para biópsia pode ser feita durante o papanicolau, a colposcopia e a anuscopia. O procedimento analisa as amostras de tecido com lesões do HPV em que há suspeita de câncer. “Nos casos em que a verruga está presente, é realizada a biópsia para confirmar a presença do HPV e o tipo, além da cauterização para fazer o tratamento”, informa o urologista Maurício J. Bruschini Rodrigues.
7. Captura híbrida
O procedimento de captura híbrida é indicado quando o papanicolau ou a anuscopia apresentam alterações. Por meio de raspagem, é coletado material genético do colo do útero, da vulva, da uretra, do pênis, do ânus ou da boca, que é enviado a um laboratório para análise. O exame ajuda a identificar qual o tipo de vírus HIV causou a infecção.
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8. PCR
A coleta de material para o PCR para HIV pode ser feita durante outros procedimentos, como papanicolau, colposcopia e anuscopia. O teste ajuda na identificação da carga viral da infecção. De acordo com o ginecologista e obstetra Leonardo Valladão, assim como a captura híbrida, o PCR ajuda a identificar o tipo do vírus HPV.
“Esses exames pesquisam os sorotipos causadores de câncer de colo uterino mais prevalentes (HPV-16 e HPV-18), responsáveis por 70% dos cânceres de colo uterino. Os tipos de HPV 31, 33, 45, 52 e 58 juntos representam 15% dos cânceres cérvicouterinos e também são pesquisados”, explica.
9. Avaliação clínica
O exame clínico, que consiste na observação das verrugas e lesões, também pode ajudar no diagnóstico da infecção. Esse tipo de procedimento costuma ser comum em casos de HPV na boca ou na língua, locais onde a visualização das lesões é mais fácil. “O diagnóstico é inicialmente clínico, mas ele pode ser confirmado na anatomopatológico [biópsia]”, elucida o urologista Danilo Ganlante.