
Redatora de saúde e bem-estar, autora de reportagens sobre alimentação, família e estilo de vida.

Enrique Rojas é um psiquiatra renomado, conhecido por ministrar palestras e divulgar conteúdos sobre saúde mental e emocional nas redes sociais e em seus livros. No Instagram, acumula mais de 500 mil seguidores (até a publicação deste texto), a quem oferece orientações sobre felicidade, ansiedade e outras emoções.
Em uma de suas postagens, ele compartilhou seis conselhos para combater a tristeza e alcançar uma vida mais feliz.
Seis conselhos para combater a tristeza e ser mais feliz
O psiquiatra destaca que a verdadeira felicidade não é um estado perfeito e permanente, mas sim um equilíbrio existencial positivo. Altos e baixos, frustrações e momentos difíceis fazem parte da vida. Cabe a cada um de nós aprender a lidar com os fracassos e transformá-los em experiências que tragam aprendizado.
Segundo ele, é natural que a tristeza apareça diante de certos acontecimentos, mas a forma como escolhemos enfrentá-la é o que faz a diferença. Se a felicidade é o oposto da tristeza, quanto melhor conseguirmos lidar com momentos de frustração e desânimo, mais próximos estaremos de um estado de bem-estar.
1. Felicidade como um projeto de vida
A mente tende a focar no que é negativo. Rojas compartilha uma experiência pessoal: durante um período em que trabalhou com atendimento ao público em uma empresa familiar, bastava uma crítica ou comentário negativo para estragar o dia inteiro. Mesmo após oito horas de trabalho, um único minuto ruim ganhava mais espaço na memória.
Por isso, ele sugere: ao invés de dar tanto peso ao que não vai bem, valorize os pequenos avanços e conquistas. Essa mudança de foco é um passo importante rumo à felicidade.
2. Levar a vida com mais leveza e cultivar um diálogo interno positivo
O próprio título deste conselho já indica o caminho. As palavras — faladas ou apenas pensadas — têm um poder muito maior do que imaginamos. Enxergar o lado engraçado das situações, mesmo das mais difíceis, é uma forma eficaz de se afastar da tristeza e trazer mais leveza para o dia a dia.
3. Autoconhecimento
Rojas compara a rotina moderna com uma roda de hamster: estamos sempre correndo, sem parar. Mas quando conseguimos pausar, refletir e nos conhecer de verdade — aceitando tanto nossas forças quanto nossos limites —, passamos a agir com mais consciência. E, acima de tudo, aprendemos que não precisamos dar conta de tudo o tempo todo.
4. Saber superar as crises
Pensamentos repetitivos — também chamados de ruminativos — nos acompanham por toda a vida. Ao acordar, é comum revivermos as mesmas ideias e preocupações do dia anterior, repetidamente.
“Não podemos deixar que os problemas nos vençam”, escreve Enrique Rojas em sua publicação. Enfrentar as dificuldades com resiliência é essencial para manter o equilíbrio emocional e seguir em frente com mais leveza.
5. Buscar apoio em vínculos afetivos e profissionais
Desde os tempos mais antigos, o ser humano é social por natureza. Precisávamos uns dos outros até para realizar as tarefas mais simples. Hoje, vivemos em uma sociedade cada vez mais individualista, com casas maiores, mas com menos conexões reais. Por isso, é fundamental cuidar dos vínculos com familiares e amigos.
E quando o apoio emocional desses laços não for suficiente, recorrer à ajuda profissional é um passo importante para lidar com a tristeza e encontrar estratégias mais eficazes para enfrentá-la.
6. Encontrar um propósito
O conceito japonês de ikigai — que pode ser traduzido como “razão de viver” ou “aquilo que nos faz levantar da cama” — reforça a importância de ter um propósito. Viver sem direção, sem algo que nos motive, pode levar à apatia e ao vazio existencial.
Ter objetivos pessoais, profissionais — ou, idealmente, ambos — nos impulsiona a viver com mais entusiasmo. A ausência desse sentido, por outro lado, pode nos fazer buscar refúgio no sono ou na inércia, em vez de aproveitar a vida de forma plena.