
Jornalista com sete anos de experiência em redação na área de beleza, saúde e bem-estar. Expert em skincare e vivências da maternidade.
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Se baratas têm aparecido com frequência na sua casa, é hora de ligar o sinal de alerta. Por mais comuns que esses insetos possam parecer, a ciência mostra que a presença constante deles não é apenas um incômodo — é um sinal claro de que algo no ambiente doméstico pode estar fora de equilíbrio.
Segundo a biomédica Mariana Eclissée, baratas não surgem do nada: elas são atraídas por fatores muito específicos, como restos de comida, locais úmidos e frestas mal vedadas. “Elas aparecem principalmente onde há lixo exposto, gordura acumulada ou água parada”, explica. E o problema vai muito além do nojo ou do susto — essas visitantes indesejadas representam um risco real à saúde.
O que significa o aparecimento frequente de baratas na sua casa?
Se você tem encontrado baratas com frequência pela casa, vale o alerta: esses insetos não aparecem por acaso — e, segundo a ciência, a presença constante deles pode indicar alguns desequilíbrios importantes no ambiente doméstico.
De acordo com a biomédica Mariana Eclissée, há três fatores principais que costumam atrair baratas para dentro de casa: resíduos de alimentos, umidade e frestas ou locais de fácil acesso. “Elas são atraídas principalmente por restos de comida, lixos mal vedados, gordura acumulada e até por água parada em ralos ou pias”, explica.
Esses pequenos descuidos, muitas vezes despercebidos, criam o cenário ideal para uma infestação. E não se trata apenas de um incômodo visual ou de um susto inesperado: “Mais do que um incômodo, a presença constante delas costuma indicar que há algum desequilíbrio no ambiente — seja na limpeza, na vedação de pontos de entrada ou até na estrutura do imóvel”, reforça Mariana.
Ter baratas em casa é um grande risco para a saúde
Segundo a biomédica Mariana Eclissée, esses insetos representam um verdadeiro risco biológico dentro de casa — e a ciência explica por quê.
“Apesar de muitas vezes serem vistas apenas como ‘nojentas’, as baratas são, na verdade, um risco biológico real. Elas transitam por locais contaminados, como esgotos, lixeiras e ralos, e acabam carregando micro-organismos patogênicos nas patas e no corpo”, explica a especialista. Ou seja: ao passarem por alimentos, utensílios de cozinha ou superfícies, podem deixar para trás bactérias, fungos e até vírus.
E os problemas não param por aí. De acordo com Mariana, o próprio corpo da barata — incluindo fezes e fragmentos de asas — pode agravar ou desencadear alergias respiratórias, especialmente em pessoas mais vulneráveis. “Crianças, idosos e pessoas com rinite ou asma são os grupos mais sensíveis a esses resíduos”, destaca.
Esses insetos também são vetores mecânicos de doenças como salmonelose, disenteria e outras infecções intestinais, já que podem carregar bactérias como Salmonella, Escherichia coli e Shigella. “Elas não mordem nem picam, mas são consideradas um risco biológico justamente porque atuam como ‘transportadoras’ invisíveis de agentes infecciosos. E o pior: como se escondem em lugares escuros e de difícil acesso, muitas vezes estão contaminando o ambiente sem que a gente perceba”, alerta a biomédica.