
Graduada em Psicologia pela Universidade Bandeirante de São Paulo (UNIBAN), Lizandra Arita é psicóloga institucional e c...
i
Jornalista com sete anos de experiência em redação na área de beleza, saúde e bem-estar. Expert em skincare e vivências da maternidade.
i
Resolver palavras cruzadas pode parecer apenas uma forma divertida de passar o tempo, mas a ciência acaba de mostrar que esse hábito tem um impacto muito maior — especialmente para manter a mente ativa com o passar dos anos.
Um estudo recente, realizado por universidades dos Estados Unidos, acompanhou mais de 5.900 pessoas acima dos 50 anos com comprometimento cognitivo leve e revelou que existe uma frequência ideal para esse tipo de exercício mental. A prática regular foi associada a um melhor desempenho em testes de memória, atenção e velocidade de raciocínio.
Quantas vezes por semana precisamos fazer palavras cruzadas?
Se você é fã de palavras cruzadas, aqui vai uma boa notícia: esse passatempo é muito mais do que uma simples diversão. Um estudo recente descobriu que resolver palavras cruzadas com frequência pode ajudar a proteger a memória e manter o cérebro ativo ao longo dos anos.
A pesquisa, conduzida por universidades norte-americanas — entre elas, Mississippi, Texas A&M e Indiana — acompanhou mais de 5.900 pessoas com mais de 50 anos e diagnóstico de comprometimento cognitivo leve durante oito anos. Aqueles que mantinham o cérebro ativo com atividades como palavras cruzadas três ou mais vezes por semana apresentaram um declínio mental mais lento e melhor desempenho em testes de memória, atenção e velocidade de raciocínio.
Os participantes foram divididos em três grupos, de acordo com a frequência com que praticavam essas atividades: esporádica (menos de uma vez por semana), moderada (uma a duas vezes por semana) e frequente (três ou mais vezes). E os benefícios foram notáveis justamente no grupo mais engajado.
Segundo os pesquisadores, o ideal é estimular o cérebro de três a quatro vezes por semana com esse tipo de desafio mental. Além de acessível, essa é uma estratégia sem uso de medicamentos que pode ajudar — e muito — a preservar as funções cognitivas na maturidade.
Manter o cérebro ativo é o melhor remédio para o declínio mental
A psicóloga Lizandra Arita, explica em um artigo anteriror ao MinhaVida, que pequenas atitudes no dia a dia fazem toda a diferença na preservação da memória e das funções cognitivas.
“Aprender algo novo, como uma habilidade ou hobby, estimula o cérebro de maneira positiva”, afirma a especialista. E não é preciso nada muito complexo para começar: “Mesmo exercícios de memória mais simples, como tentar lembrar listas de compras ou nomes de pessoas após conhecê-las, podem fortalecer a capacidade de lembrança”.
Outro hábito poderoso é a leitura. Lizandra destaca que ler com frequência mantém o cérebro engajado e em constante contato com novas informações. “Use livros, revistas, jornais ou artigos on-line para manter o cérebro ativo e exposto a diferentes tipos de conteúdo”, orienta.
Além dos estímulos mentais, o corpo também entra nessa equação. Exercícios físicos são grandes aliados da saúde cognitiva — e isso vale para todas as idades. “Atividades como musculação, caminhada, natação ou dança ajudam a melhorar o fluxo sanguíneo para o cérebro, promovendo saúde e bem-estar”, completa.
E não para por aí: o contato com outras pessoas também é um estímulo valioso. “Interagir com outras pessoas, participar de atividades sociais e manter conexões significativas também pode beneficiar a saúde cognitiva, estimulando o cérebro de diversas maneiras”, explica Lizandra.
Leia também: “Passei 25 anos estudando o cérebro e nunca faço essas quatro coisas porque elas destroem nossa memória com a idade”