
Tricologista e Estética Avançada, cuidados da cabeça aos pés.

Uma das grandes novidades e recursos mais promissores da atualidade é cuidar da saúde dos cabelos por meio da genética aplicada aos estudos capilares. Para isso, é realizada uma coleta não invasiva por um profissional capacitado, em consultório, e o material é enviado a um laboratório especializado. A partir dessa amostra individual, é extraído o DNA do paciente e, com base nele, é elaborado um relatório personalizado.
Descobertas sobre o DNA ajudam a tratar alopecia, envelhecimento capilar e até sensibilidade no couro cabeludo
O exame de DNA aponta o caminho mais eficaz para tratar diversos casos e garantir resultados mais precisos. São muitos os problemas que se beneficiam com essa abordagem individualizada, como alopecias androgenéticas, rarefação, queda de cabelo, coceira, envelhecimento capilar, desequilíbrios na microbiota, além de perfis inflamatórios e de crescimento.
O teste também permite identificar a necessidade de reposição adequada de vitaminas, minerais e outros nutrientes essenciais para os cabelos. Isso porque os genes podem influenciar — ou até mesmo determinar — a capacidade do organismo de absorver e processar esses nutrientes, que poderão ser repostos na medida certa.
Genética capilar possibilita protocolos personalizados e mais assertivos
O cabelo é um elemento essencial da autoestima e do bem-estar, além de refletir a saúde geral do organismo. Seu bom estado depende de uma combinação de fatores como alimentação equilibrada, hábitos saudáveis, condições ambientais, saúde intestinal, equilíbrio do couro cabeludo, estado emocional, metabolismo e, claro, da genética. A análise do DNA capilar possibilita entender melhor as necessidades individuais e, assim, permite indicar tratamentos mais personalizados e assertivos.
A genética influencia características como textura, cor, densidade e tipo de ondulação dos fios. Essas variações não devem ser vistas como "boas" ou "ruins", e sim como diferenças naturais nos nossos genes. Tirando casos mais graves e complexos, os genes indicam predisposições a doenças e distúrbios capilares. Por isso, conhecer o próprio genótipo permite equilibrar e ajustar respostas positivas por meio de fatores como estilo de vida, alimentação e uso de produtos específicos para cada pessoa.
O couro cabeludo também está sujeito a disfunções biológicas, que podem ser compreendidas e tratadas com base nos processos bioquímicos e moleculares de cada indivíduo. Sensibilidade, inflamações, alergias a tinturas e desequilíbrios na microbiota, por exemplo, podem ter origem genética. Algumas dessas alterações não estão necessariamente ligadas a síndromes, podendo ocorrer de forma isolada ou em combinação com outras condições clínicas. Entre os genes mais importantes para a definição do perfil capilar, destacam-se os ligados à alopecia androgenética, ao envelhecimento capilar, à inflamação, ao crescimento dos fios e à metabolização da vitamina D.
Saúde dos fios começa no folículo capilar — e no seu DNA
Além disso, o exame de DNA permite investigar os genes que influenciam diretamente o folículo capilar — responsável pela produção do fio — e suas estruturas anexas, como a papila dérmica e o ciclo de crescimento. Com isso, é possível estimular a regeneração e promover a saúde dos cabelos de dentro para fora.
Genes relacionados ao estresse oxidativo, processos inflamatórios e detox também podem ser modulados por fatores ambientais e pela alimentação. As variantes genéticas influenciam diretamente as características do organismo — o chamado fenótipo —, resultado da interação entre genética e ambiente. Por isso, alguns perfis nutricionais se tornam ainda mais relevantes na manutenção da saúde capilar, já que certas variantes genéticas podem aumentar a proteção ou o risco diante da ingestão de determinados nutrientes.