Vape: aos 20 anos ela já teve 2 colapsos de pulmão por causa do hábito

Uma preocupação crescente está surgindo em relação ao uso de cigarros eletrônicos, popularmente conhecidos como vapes. De acordo com um estudo recente, 11,3% dos estudantes americanos do ensino médio relataram o uso desses dispositivos nos últimos 30 dias. 

Karlee Ozkurt, uma jovem de 20 anos do Wisconsin, é um exemplo. Aos 15 anos, ela começou a vaporizar, atraída pelo suposto "apelo legal" e pela crença de que era uma alternativa mais segura ao cigarro convencional. No entanto, sua jornada com o vape rapidamente se transformou em um pesadelo de saúde.

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O primeiro colapso pulmonar de Karlee ocorreu em novembro de 2021, enquanto ela vaporizava no banheiro do trabalho. "De repente, senti como se tivesse distendido um músculo das costas. Cerca de uma hora depois, comecei a chiar", lembrou ela em entrevista ao New York Post. 

Após uma visita ao pronto-socorro, os médicos diagnosticaram um colapso pulmonar direito de 50%, causado pelo uso de vape. Infelizmente, essa não foi uma ocorrência isolada para Karlee. Um ano depois, seu pulmão direito colapsou novamente, desta vez após um forte resfriado no peito. Ela precisou passar por uma cirurgia para corrigir o problema, enquanto os médicos diagnosticaram cicatrizes em seus pulmões como resultado direto do vape.

Riscos do uso de vape

Enquanto muitos podem considerar o cigarro eletrônico uma alternativa menos prejudicial ao fumo tradicional, o pneumologista Irinei Melek alerta para os sérios riscos à saúde associados a esse hábito aparentemente inofensivo, como:

• Piora de quadros de asma e rinites
• Possibilidade de pneumonites que podem levar a fibrose nos pulmões, dependendo de predisposições pessoais
• Riscos cardiovasculares graves devido ao alto teor de nicotina, como infarto do miocárdio, AVC e hipertensão arterial.

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É possível colapsar o pulmão por causa do hábito?

Segundo o especialista, é importante observar que há inúmeras substâncias que podem ser veiculadas nos vapes, provocando inflamações que podem ser agudas e também levando a lesões crônicas, como a maconha.

“Acredito que, no caso da jovem, houve uma inflamação grande das vias aéreas, principalmente brônquios, o que levou à insuficiência respiratória aguda pela inalação dos produtos tóxicos”, pontua o pneumologista. 

Frente a esses perigos, Karlee optou por abandonar definitivamente o uso do vape. Sua experiência serve como um alerta contundente sobre os perigos relacionados aos cigarros eletrônicos, especialmente entre os jovens.

"Ainda não sei se causei danos irreparáveis, porque não temos conhecimento dos efeitos a longo prazo", lamentou ela. "Eu poderia morrer aos 40 ou 50 anos - e tudo por causa de um hábito de cinco anos que fui pressionada pelos colegas."

Enquanto a popularidade desses dispositivos continua a crescer, é crucial conscientizar sobre os riscos à saúde e tomar medidas para prevenir danos irreparáveis.

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