Mitos e verdades sobre a saúde íntima na gravidez

Durante a gravidez o corpo passa por diversas transformações, hormonais e físicas, para o desenvolvimento do feto e para o momento do parto. Além de sinais comuns, como o ganho de peso e crescimento dos seios e da barriga, a região íntima também é impactada. Pensando nisso, a ginecologista e obstetra Mariana Rosário explicou ao MinhaVida o que é mito e verdade em relação à saúde íntima durante a gestação. Entenda!

Corrimento vaginal na gravidez é sinal de problemas.

Mito. Durante a gestação ocorrem alterações hormonais, como o aumento da progesterona, que pode provocar o corrimento. “[A grávida] tem que prestar atenção na cor e no odor. Se a secreção tiver uma cor mais amarelada, acinzentada ou tiver gruminhos, branca com grumos, tem cara de ser patológica. E se tiver cheiro de peixe, também pedimos para prestar atenção”, orienta a especialista.

Durante a gestação é preciso cuidar da região íntima de forma diferente.

Mito. Segundo Mariana, os cuidados com a região íntima podem permanecer os mesmos de antes da gestação. No entanto, a profissional destaca os perigos em deixar a região abafada, com o uso de calcinhas inadequadas ou protetores íntimos diários. “O abafamento da região pode aumentar o risco de alterações no pH e desenvolver algum corrimento com as bactérias ou fungos que já habitam a vagina”, alerta.

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Na gestação é necessário usar produtos específicos para a higiene da região íntima.

Mito. A gestante não precisa de algum sabonete ou produto específico para realizar a higiene íntima durante a fase. Apesar disso, a ginecologista indica que as grávidas deem preferência a sabonetes neutros para não provocarem alterações no pH vaginal.

“O pH vaginal já está alterado na gestação e temos que cuidar muito. Sempre usar sabonetes neutros, pois os sabonetes íntimos têm tanto produto químico que nem compensam”, alerta.

A ducha íntima não é indicada na gravidez.

Verdade. A ducha íntima não é indicada na gravidez e nem em outro momento da vida, como destaca a Mariana. O uso da ducha pode favorecer a entrada de bactérias e micro-organismos no útero, provocando coceira, corrimento e até infecções. A higiene deve ser feita com o sabonete adequado apenas na região da vulva.

A depilação íntima é proibida na gravidez.

Mito. A depilação é permitida durante a gravidez, contanto que não retire todos os pelos da região. “A depilação íntima completa não é indicada em nenhuma fase da vida, porque ela tira proteção. Pelo é proteção para região vaginal. Retirar essa proteção da região vaginal pode facilitar o desenvolvimento de algum corrimento”, elucida Mariana.

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Durante a gravidez há maior risco de desenvolver infecções urinárias.

Verdade. As gestantes estão mais suscetíveis a infecções urinárias por diferentes fatores. Conforme explicação da obstetra, um deles é o aumento da produção de progesterona, que atua como um relaxante muscular na bexiga, fazendo com que a urina fique mais tempo parada nela e favorecendo a proliferação de bactérias. 

“A urina chega cheia de bactérias e isso pode facilitar o desenvolvimento de uma infecção urinária na gestação. A mulher na gestação tem que tomar bastante líquido para fazer bastante xixi e evitar essa estase”, finaliza a profissional