Graduada em Medicina pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), tem título de especialista em Pediatria e Infectologia,...
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Um bebê de seis meses morreu por coqueluche na cidade de Londrina, no Paraná. O óbito ocorreu no dia 30 de junho e foi confirmado pela Secretaria de Saúde do estado, que também afirmou que a criança apresentava atrasos nas vacinas do Programa Nacional de Imunizações. Este foi o primeiro registro de óbito por coqueluche no Brasil em três anos.
Diante das informações disponibilizadas pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), que mostram que, somente no primeiro semestre deste ano, houve um aumento de 500% dos casos de coqueluche no Paraná, nesta segunda-feira (29), Nísia Trindade, ministra da Saúde, fez um reforço sobre a importância da imunização.
“Essa é uma doença prevenível por vacina, então recomendamos fortemente a vacinação. Estaremos acompanhando e trabalhando para evitar novos casos”,
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O que é coqueluche?
Coqueluche é uma infecção respiratória causada por bactéria (bordetella pertussis) que é muito comum em bebês. Potencialmente letal, a infecção atinge as traquéias e os brônquios, tendo como principal característica crises de tosse seca. Altamente contagiosa, a infecção costuma ter relação direta com a falta de vacinação.
"A coqueluche é mais comum do que as pessoas imaginam. Mas, como os sintomas são parecidos com os da gripe, o problema acaba recebendo menos atenção do que deveria", explica a pediatra Luíza Helena.
Sintomas de coqueluche
Inicialmente, os sintomas de coqueluche são leves e podem ser bem parecidos com os de um resfriado comum. A intensidade destes e o aparecimento de outros sinais mais graves vão surgindo conforme a infecção evolui. Dentre os principais, estão:
- Tosse severa
- Espirros
- Coriza
- Olhos lacrimejando
- Febre baixa
- Dificuldade para respirar
- Vômitos
- Fadiga
- Inspiração prolongada, que faz som semelhante a um assobio
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Como prevenir a coqueluche?
A principal forma de prevenir a coqueluche é por meio da vacinação. Segundo o Ministério da Saúde, crianças de até 6 anos, 11 meses e 29 dias devem ser vacinadas contra a infecção. A imunização pela pentavalente pode ser aplicada gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a partir do segundo mês de vida, em três doses: aos 2, 4 e 6 meses, com intervalo de 60 dias entre as aplicações.
Ainda de acordo com o órgão, gestantes e profissionais da saúde que atuam em maternidades ou hospitais de internação neonatal, também têm acesso a gratuidade da vacina contra coqueluche através do SUS.
Para adquirir a imunidade duradoura, a criança precisa ter no mínimo de 3 doses com a pentavalente (DTP+Hib+Hepatite B) até os 6 meses de idade, um reforço aos 15 meses e um segundo reforço aos 4 anos com a tríplice bacteriana (DTP). Pessoas gestantes devem tomar uma dose da vacina do tipo adulto (dTpa) a partir da 20ª semana a cada gestação.
Vale ressaltar que a imunidade à coqueluche não é permanente, em média, entre 5 e 10 anos após a última dose da vacina, a proteção pode ser pouca ou inexistente.
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Referências
COQUELUCHE - PREVENÇÃO. Ministério da Saúde, [s. l.], 2024. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/c/coqueluche. Acesso em: 30 jul. 2024.
Com aumento de casos, Saúde alerta para importância da vacinação contra coqueluche. Secretaria de Estado da Saúde - Paraná, [s. l.], 17 jun. 2024. Disponível em: https://www.saude.pr.gov.br/Noticia/Com-aumento-de-casos-Saude-alerta-para-importancia-da-vacinacao-contra-coqueluche. Acesso em: 30 jul. 2024.