
Redatora de saúde e bem-estar, autora de reportagens sobre alimentação, família e estilo de vida.

Meditação e medicação são palavras muito semelhantes, mas com significados e efeitos bastante distintos. A prática de disciplinas mentais e espirituais, como o yoga e a meditação, ativa uma série de mecanismos no corpo e na mente que podem ajudar a controlar a ansiedade, o estresse e ainda trazer muitos outros benefícios.
Medicação versus meditação
Práticas contemplativas como o yoga, a meditação e as abordagens baseadas em atenção plena (mindfulness) têm ganhado cada vez mais popularidade ao redor do mundo, justamente por seu potencial de promover bem-estar, aumentar a produtividade, melhorar o desempenho no trabalho e incentivar comportamentos mais positivos e colaborativos.
Essas disciplinas, que combinam aspectos físicos, mentais e espirituais, também são utilizadas em contextos terapêuticos e clínicos para lidar com o estresse e a ansiedade. Isso porque acredita-se que elas ajudam no controle emocional e na melhoria de funções cognitivas, como a atenção plena e os estados de consciência.
Uma vez que a consciência é modificada, podem ocorrer mudanças comportamentais de diversas naturezas — desde uma diminuição do medo da morte até a conquista de um estado de paz e serenidade — além de um aumento da criatividade ou o desenvolvimento de uma visão filosófica mais profunda.
Entre muitos outros benefícios, o yoga e a meditação também podem provocar transformações nos pensamentos, nas crenças e até um tipo de “reinício mental”, no qual passamos a enxergar a vida sob uma nova perspectiva. Muitas pessoas descrevem essa experiência como um renascimento, acompanhado de um novo propósito para viver.
Uma publicação da revista científica Mindfulness reuniu depoimentos de praticantes de yoga e meditação para investigar se haviam vivenciado sensações semelhantes às descritas. As respostas mostraram que essas práticas mentais e espirituais têm realmente o poder de desencadear diferentes tipos de respostas e transformações internas em quem as adota.
É justamente aí que reside a importância dessas disciplinas não farmacológicas no cuidado com a saúde mental em escala global. Embora meditação e medicação se diferenciem por apenas uma letra, os efeitos colaterais e os benefícios de cada uma são bastante distintos.
Nos casos mais leves, a prática de yoga, meditação ou outras atividades baseadas em atenção plena pode transformar como enxergamos a vida e nos ajudar a desenvolver uma nova perspectiva.
Já nos casos mais graves, a medicação pode ser uma ferramenta necessária e eficaz — e, sempre que possível, deve ser complementada com práticas mentais que contribuam para o bem-estar emocional e psicológico.
Saiba mais: A meditação pode ajudar a curar vários problemas de saúde