
Psicóloga do Grupo Mantevida, Pós graduada em Psicologia sistêmica, terapia de casais e família.

Redatora de saúde e bem-estar, autora de reportagens sobre alimentação, família e estilo de vida.

A companhia de um pet representa alegria e lealdade para muitas pessoas, além de trazer benefícios para a saúde mental e o bem-estar. Porém, para algumas pessoas, a presença de animais como cães e gatos pode causar desconforto e até medo intenso.
Mas o que, exatamente, significa ter medo de gatos ou cachorros? Entenda o que a psicologia revela sobre esse sentimento.
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O que significa ter medo de cães ou gatos?
Sentir medo diante da presença de um animal em situações que envolvem algum risco é algo normal. Mas quando esse desconforto se torna desproporcional, irracional e frequente, ele pode ser considerado uma fobia — a cinofobia, no caso dos cães, e a ailurofobia, referente aos gatos.
“Não se trata apenas de um desconforto passageiro, mas de uma reação de ansiedade aguda diante da presença ou até da possibilidade de encontrar esses animais”, explica Kênia Ramos, psicóloga do grupo Mantevida.
Segundo a especialista, esse medo pode causar grandes prejuízos à vida social e à saúde mental dos indivíduos, levando ao isolamento, ansiedade e quadros depressivos.
“A pessoa pode evitar encontros sociais, visitas a amigos ou familiares que tenham pets, passeios ao ar livre e até mudanças importantes, como morar em determinados bairros”, ilustra.
O que causa o medo de cachorros ou gatos?
A fobia de gatos ou cães pode ter origem irracional, mas está geralmente associada a experiências traumáticas. Outros fatores que podem influenciar são:
- Ataques ou sustos intensos com os animais na infância
- Observar figuras de referência – como os pais ou cuidadores – reagindo com medo dos animais
- Falta de exposição positiva com os animais, principalmente em fases sensíveis do desenvolvimento infantil
- Predisposição a ansiedade
Como tratar o medo de cães e gatos?
O medo ou a fobia de animais pode ser tratada com o acompanhamento profissional adequado. “Em muitos casos, com o suporte de um psicólogo, a pessoa consegue reduzir significativamente o medo e retomar sua rotina com mais liberdade e qualidade de vida”, informa a psicóloga.
Segundo Kênia Ramos, algumas das abordagens que podem ser utilizadas são:
- Terapia cognitivo-comportamental: trabalha a mudança de pensamentos negativos e promove uma exposição gradual ao animal
- Técnicas de dessensibilização sistemática e relaxamento
- EMDR (Dessensibilização e reprocessamento por movimentos oculares): indicada para casos onde há um trauma claro envolvido
- Psicoeducação e estratégias de enfrentamento: fortalecem o senso de controle sobre o medo
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