
Com foco em recomposição corporal e qualidade de vida, estou aqui para te ajudar a chegar no seu grande objetivo, sem de...
i
Jornalista com sete anos de experiência em redação na área de beleza, saúde e bem-estar. Expert em skincare e vivências da maternidade.
i
Você está indo ao banheiro na frequência certa? Pode parecer apenas um detalhe que passa despercebido no seu dia a dia, mas a verdade é que o ritmo do seu intestino diz muito sobre a sua saúde.
Muita gente acredita que evacuar uma vez ao dia é o ideal — ou que não há problema em passar vários dias sem ir ao banheiro —, mas isso nem sempre é verdade. Segundo a nutricionista Giovanna de Castro, o ideal é manter uma frequência que pode variar de até três vezes ao dia a, no mínimo, três vezes por semana.
Isso mesmo! Existe uma faixa considerada normal, e conhecer esses parâmetros é o primeiro passo para entender se está tudo funcionando como deveria por aí. Saiba por que esse equilíbrio é tão importante e o que pode estar por trás de alterações na frequência das evacuações.
A frequência ideal para o intestino funcionar bem
Não há uma regra única quando o assunto é ir ao banheiro — e tudo bem! Cada organismo tem seu próprio ritmo, e o mais importante é entender o que é saudável dentro dessa variação. “De maneira geral, um intestino saudável deve evacuar até três vezes ao dia e, no mínimo, três vezes por semana”, afirma a nutricionista Giovanna de Castro. Frequências abaixo disso, especialmente quando há esforço excessivo, sensação de evacuação incompleta ou fezes muito ressecadas, já podem ser sinal de constipação intestinal.
Além da frequência, a consistência das fezes também é um fator essencial para avaliar se o intestino está funcionando bem. “Existe uma ferramenta bastante utilizada na prática clínica chamada Escala de Bristol, que classifica os tipos de fezes em sete categorias”, explica a especialista. Segundo ela, as fezes ideais são os tipos 3, 4 e 5: bem formadas, em formato de salsicha ou bastão, com superfície lisa ou levemente rachada — sinal de que o trânsito intestinal está equilibrado.
Já os tipos 1 e 2, aquelas fezes em forma de bolinhas ou pedaços duros, indicam constipação. Do outro lado da escala, os tipos 6 e 7 representam fezes mais pastosas ou líquidas, que podem estar relacionadas a um trânsito acelerado, como acontece em casos de diarreia ou má absorção.
“Se houver mudanças no padrão intestinal — como ressecamento persistente, sangramentos, dores, desconfortos recorrentes ou perda de peso sem explicação —, é fundamental buscar avaliação médica e nutricional”, alerta Giovanna. Afinal, manter o intestino funcionando bem não é só uma questão de conforto, mas também de saúde como um todo.
Uma boa alimentação ajuda a melhorar o funcionamento do intestino
Se o seu intestino anda preguiçoso, a solução pode estar mais próxima (e saborosa) do que você imagina: no seu prato. “A prisão de ventre é uma queixa extremamente comum e, na maioria das vezes, está diretamente associada aos hábitos alimentares e ao estilo de vida”, afirma a nutricionista Giovanna de Castro.
Os grandes aliados são os alimentos ricos em fibras — tanto as solúveis quanto as insolúveis. “As fibras solúveis formam um gel ao entrarem em contato com a água, ajudando a hidratar e amolecer as fezes, além de nutrir as bactérias benéficas do intestino, conhecidas como microbiota intestinal”, explica Giovanna. Já as fibras insolúveis não se dissolvem, mas são igualmente importantes: “Elas aumentam o volume do bolo fecal e estimulam os movimentos intestinais, favorecendo a evacuação”, completa.
Quer exemplos práticos? Aveia, psyllium, frutas com casca ou bagaço (como mamão, laranja e ameixa), verduras, sementes como linhaça e chia, além das leguminosas — feijão, grão-de-bico, ervilha e soja — são ótimos para manter o intestino funcionando bem. São alimentos simples, acessíveis e que podem ser facilmente incorporados à rotina.
Outros hábitos que combatem a prisão de ventre
“Além da alimentação saudável e rica em fibras, outros hábitos são determinantes para a prevenção e o tratamento da constipação intestinal”, afirma a nutricionista Giovanna de Castro. Essas mudanças são simples e podem ser inseridas na sua rotina sem grandes dificuldades.
Um dos pontos mais importantes é a hidratação. “A ingestão adequada de água é absolutamente indispensável, pois as fibras — especialmente as solúveis — dependem da água para exercer seu efeito no aumento do volume e na hidratação do bolo fecal”, explica Giovanna. Em outras palavras, consumir fibras sem beber água pode até piorar a situação.
Outro grande aliado do intestino é o movimento. “A prática regular de atividade física estimula diretamente os movimentos intestinais, favorecendo o trânsito intestinal”, destaca a nutricionista. Caminhadas, alongamentos, danças ou qualquer exercício que coloque o corpo em ação já podem fazer a diferença.
Também é importante prestar atenção aos sinais do corpo. “Evite segurar a vontade de evacuar, pois esse hábito pode, com o tempo, reduzir a sensibilidade do reflexo evacuatório”, alerta Giovanna. Criar uma rotina, com horários regulares para tentar ir ao banheiro, pode ajudar na reeducação do intestino e tornar o processo mais natural.
No fim das contas, cuidar do intestino é um investimento no bem-estar de forma integral. “Combater a prisão de ventre vai muito além de uma questão de conforto digestivo. Trata-se de um cuidado completo, que promove benefícios tanto para o equilíbrio físico quanto para o bem-estar mental”, reforça a especialista.
Leia também: O intestino tem uma "zona Cachinhos Dourados". E se frequentemente defecamos fora dela, devemos prestar atenção