
Jornalista com sete anos de experiência em redação na área de beleza, saúde e bem-estar. Expert em skincare e vivências da maternidade.
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Todos conhecemos casais jovens que vivem separados, um estilo de vida que agora também começa a ser adotado por adultos com mais de 60 anos — e que pode ser mais benéfico do que imaginamos. De acordo com um estudo conduzido pela Universidade de Lancaster e pelo University College London, esse modelo de relacionamento entre pessoas com mais de 60 anos pode trazer benefícios à saúde mental.
Segundo a pesquisa, os chamados relacionamentos LAT (do inglês Living Apart Together), também conhecidos como relacionamentos sem coabitação, oferecem um equilíbrio entre união e autonomia. Eles podem ser uma boa opção tanto para quem está começando um relacionamento nessa fase da vida quanto para quem já está em uma relação de longo prazo.
Trata-se de uma alternativa que permite manter compromissos pessoais e familiares, sem abrir mão da conexão íntima com o parceiro.
Um estilo de vida que beneficia especialmente as mulheres
Relacionamentos LAT são especialmente bem recebidos por mulheres heterossexuais. De acordo com o estudo, quando uma mulher com mais de 60 anos inicia um relacionamento, a chance de ele evoluir para um modelo LAT é 10 vezes maior do que para coabitação ou casamento. Já entre os homens mais velhos, a probabilidade de optar por morar com a parceira é quase 20 vezes maior. O que explica essa diferença?
Em relacionamentos heterossexuais, as mulheres costumam assumir uma parte maior das tarefas domésticas e dos cuidados cotidianos quando vivem com um parceiro. Por isso, esse estilo de vida tem sido apontado como mais vantajoso para elas.
Embora, historicamente, tenha havido uma valorização da construção de um lar como modelo ideal de relacionamento, se considerarmos o bem-estar emocional, talvez seja hora de repensar: será que devemos continuar nos moldando às construções sociais ou seria o caso de adaptá-las às nossas necessidades?
Como destaca o estudo, tanto mulheres quanto homens com mais de 60 anos em relacionamentos duradouros se beneficiam, em termos de saúde mental, de viver em casas separadas. Os ganhos desse estilo de vida para o bem-estar emocional estão se tornando cada vez mais claros — e, por isso, têm sido adotados por um número crescente de casais mais velhos.
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