Psicóloga e psicanalista com experiência nas áreas social e organizacional, na clínica tenho uma escuta sensibilizada pa...
iJornalista com sete anos de experiência em redação na área de beleza, saúde e bem-estar. Expert em skincare e vivências da maternidade.
iJá reparou como algumas crianças se encantam desde cedo por ritmos, canções e instrumentos musicais? Esse amor pela música pode significar muito mais que diversão: ele pode ser um investimento para o futuro.
Pesquisas mostram que crianças que se envolvem com atividades musicais — seja cantando, dançando ou aprendendo a tocar um instrumento — tendem a desenvolver uma série de habilidades valiosas que continuam a fazer diferença na vida adulta.
E não estamos falando só de talento artístico, não! Essas habilidades vão desde raciocínio lógico até empatia e inteligência emocional. Confira quais são elas:
Leia mais: Crianças que amam dinossauros têm mais chances de desenvolver essas 5 habilidades na vida adulta
1. Concentração, memória e raciocínio lógico
Aprender a tocar um instrumento é um exercício de atenção e coordenação. A criança precisa se concentrar, memorizar sequências, escutar com atenção e sincronizar mente e corpo. Todo esse processo estimula o cérebro de forma ampla, favorecendo o desenvolvimento da memória, da linguagem e do raciocínio lógico.
“A musicalização infantil estimula múltiplas áreas do cérebro. Crianças que tocam instrumentos costumam desenvolver mais rapidamente habilidades cognitivas importantes”, destaca Denise.
2. Inteligência emocional
Tocar ou ouvir música ajuda a criança a lidar com o que sente, mesmo quando ainda não sabe nomear suas emoções. “A música ajuda a criança a nomear e organizar emoções, expandindo seu repertório afetivo e promovendo autorregulação emocional”, explica a psicóloga. Ela se torna uma linguagem alternativa, acessível e segura para expressar estados internos difíceis de verbalizar, como tristeza, frustração ou ansiedade
3. Empatia e cooperação
Na prática musical em grupo, a criança aprende a escutar, a respeitar o tempo do outro, a se expressar e também a silenciar quando necessário. “Crianças que fazem música em grupo vivenciam o que é cooperação e presença. Elas aprendem a trabalhar em grupo e a confiar em suas próprias ideias”, afirma Denise. São aprendizados que vão muito além da música e contribuem para a construção de vínculos e de habilidades sociais importantes para a vida em comunidade.
4. Criatividade
Ao explorar sons, ritmos e melodias, a criança exercita sua imaginação, aprende a improvisar e desenvolve uma escuta sensível. Isso desperta formas não verbais de conhecimento e expressão — algo que nem sempre é estimulado em ambientes formais de aprendizagem, como a escola. “Explorar um instrumento é um convite ao autoconhecimento, à escuta interna e à expressão autêntica. É nesse espaço íntimo que a criatividade floresce”, diz Denise.
5. Autoconfiança e resiliência
Aprender música envolve tentativa e erro. “A criança aprende que errar faz parte. Isso fortalece a autoestima e a resiliência, mostrando que o esforço pode se transformar em som — e som, em expressão”, explica a psicóloga. Isso fortalece sua resiliência e constrói uma autoestima baseada em experiências concretas de superação, e não apenas em elogios.
6. Identidade e senso de pertencimento
Quando escolhe um instrumento, um estilo musical ou até uma canção favorita, a criança está expressando quem ela é. Cada escolha musical carrega referências, afetos e vivências que ajudam a construir sua identidade e senso de pertencimento. “Pela música, a criança pode dizer de si e ser escutada. Ela afirma quem é, constrói um senso de pertencimento e entende que sua subjetividade importa”, diz Denise.
7. Saúde mental
Mais do que passatempo ou atividade escolar, a música pode ser uma verdadeira aliada na saúde mental infantil. Oferece estrutura, prazer, expressão, silêncio e conexão — com o outro e com o próprio mundo interno. “A música reforça laços, evoca memórias e cria espaços internos de silêncio e escuta. Quando vivida em comunidade, se torna um mediador de encontros e um guardião de histórias afetivas”, conclui Denise.
Leia também: A música que os especialistas recomendam para acalmar a ansiedade e que é surpreendentemente eficaz