Redatora de saúde e bem-estar, autora de reportagens sobre alimentação, família e estilo de vida.
Rir em momentos sérios ou emocionalmente intensos costuma causar estranhamento — tanto em quem ri quanto em quem observa. Ainda assim, ter uma crise de riso em momentos inadequados é mais comum do que se imagina e pode surgir sem que a pessoa tenha controle sobre a reação.
Apesar de involuntário, esse tipo de riso pode gerar desconforto e ser mal interpretado. Mas o que, afinal, leva alguém a rir em momentos considerados inapropriados? A psicologia ajuda entender a origem por trás desse fenômeno.
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O que significa rir em momentos inapropriados?
De acordo com a psicologa Alessandra Araújo, a crise de riso em momentos inadequados não representa alegria. Na verdade, trata-se de um mecanismo que o corpo utiliza para aliviar tensões internas provocadas por ansiedade, medo, vergonha ou insegurança.
“O riso aparece como um alívio momentâneo para sentimentos que a pessoa não consegue nomear ou suportar naquele instante. Em alguns casos, essa manifestação pode estar associada a quadros como estresse pós-traumático, traumas não elaborados ou mesmo a condições clínicas específicas”, explica.
O comportamento, se frequente, pode até mesmo prejudicar relações sociais, já que pode ser interpretado como desrespeito, frieza, deboche ou desprezo.
“A própria pessoa que ri em momentos sérios pode se sentir profundamente envergonhada ou culpada, o que contribui para o isolamento social, baixa autoestima e aumento da ansiedade em interações futuras”, informa a especialista.
Como lidar com a dificuldade em controlar o riso?
Diferentes abordagens terapêuticas podem ser aplicadas para ajudar a entender a origem desse comportamento e auxiliar em seu controle. A psicologa conta que além da psicoterapia, outras técnicas de regulação emocional pode ser utilizadas, como exercícios de respiração, mindfulness e grounding.
“Criar um espaço seguro, empático e acolhedor é essencial para que esses episódios possam ser compreendidos e tratados sem julgamento, permitindo à pessoa desenvolver formas mais saudáveis de expressar o que sente”, destaca Alessandra.
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