Infectologista da Clínica Sartor, é médico formado pela Universidade de São Paulo em 2015.Formado pela Faculdade de Medi...
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iA aplicação de gelo sobre a pele na fase ativa do bicho geográfico, também chamado larva migrans cutânea, ajuda a aliviar os sintomas, como reduzir o prurido e até mesmo o edema causado pela lesão. Porém, de acordo com o infectologista Igor Marinho, não é possível matar o bicho geográfico com gelo.
“O gelo não é suficiente para exterminar o parasita, mas uma compressa feita com bolsa, saco plástico ou toalha no local da lesão, de cinco a quinze minutos, pode ajudar a aliviar os sintomas, que ainda assim pode retornar horas depois. O que mata os parasitas e contribui para a cura é a indicação de medicamentos anti parasitários, como antibióticos, que agem especificamente contra o agente causador da larva migrans cutânea”, explica o especialista.
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De acordo com o infectologista, não existem tratamentos caseiros eficazes para resolver a situação. Além disso, tentar fazer a remoção mecânica do parasita é uma prática ineficaz, uma vez que não é possível garantir a retirada de todos eles manualmente.
O que é possível fazer em casa são medidas para prevenir a ocorrência da infecção pelo bicho geográfico, como:
- Evitar andar descalço em locais onde cães e gatos transitam
- Ter cuidado com os animais domésticos e levá-los ao veterinário regularmente para realização da vermifugação
- Recolher sempre as fezes de seus animais domésticos
- Lavar cuidadosamente as mãos antes e após cada refeição
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Tratamentos eficazes
O tratamento para bicho geográfico é feito somente com acompanhamento médico, portanto deve-se evitar a automedicação.
“O paciente poderá ser orientado a fazer o uso de medicamentos que ajudam a aliviar os sintomas e combater os parasitas que causam a larva migrans cutânea, como anti-inflamatórios, antibacterianos, anti-histamínicos e medicações antiparasitárias”, explica o especialista.
Os antibacterianos, assim como os anti-inflamatórios, podem ajudar a reduzir o inchaço e o incômodo causado no local da lesão, mas os antibacterianos também podem ser necessários quando a lesão acaba tendo uma coinfecção com alguma bactéria ou quando a doença evolui para um quadro purulento, com edema ou febre.
Já os anti-histamínicos podem ser utilizados para reduzir o prurido, enquanto as medicações anti parasitárias, sob a forma de comprimidos e pomadas, podem combater esse tipo de parasita. Tiabendazol, albendazol, e a ivermectina são algumas opções facilmente disponíveis em todo o Brasil, mas que precisam da prescrição médica para serem utilizadas.
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