
Psicóloga do Grupo Mantevida, Pós graduada em Psicologia sistêmica, terapia de casais e família.

Redatora de saúde e bem-estar, autora de reportagens sobre alimentação, família e estilo de vida.

Todo mundo possui ou conhece alguém que tem uma mania aparentemente estranha, como roer as unhas e estalar os dedos frequentemente. Geralmente, esses hábitos são inofensivos e funcionam como uma forma de aliviar o estresse ou a ansiedade. No entanto, algumas manias podem ter significados mais profundos na psicologia, como a compulsão de arrancar fios de cabelo da cabeça.
Conhecida como tricotilomania, a condição vai além de um simples hábito e pode estar associada a questões emocionais mais complexas. Entenda!
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O que é a tricotilomania segundo a psicologia?
A tricotilomania se caracterizada pela compulsão em arrancar fios de cabelo da própria cabeça ou de outras partes do corpo. A condição é classificada como um distúrbio psicológico e está listada no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5) como um transtorno do controle do impulso, pertencente ao grupo dos transtornos obsessivo-compulsivos e relacionados.
De acordo com Kênia Ramos, psicóloga do grupo Mantevida, para ser considerada um transtorno, o comportamento precisa:
- Ser repetitivo e difícil de controlar
- Causar sofrimento significativo ou prejuízo na vida pessoal, social, escolar ou profissional
- Não ser causado por outra condição médica ou uso de substâncias
O que pode causar a mania de arrancar fios de cabelo?
A especialista explica que as causas que podem levar ao comportamento são multifatoriais. “Muitas pessoas relatam alívio temporário ou prazer ao arrancar os fios, o que reforça o comportamento”, afirma a psicóloga. Alguns dos gatilhos que provocam a tricotilomania são:
- Fatores emocionais e psicológicos: ansiedade, estresse, tensão, tédio, frustração ou uma sensação de vazio
- Fatores biológicos: possíveis desequilíbrios neuroquímicos, especialmente nos níveis de dopamina e serotonina
- Aspectos genéticos: maior predisposição em pessoas com histórico familiar de transtornos de ansiedade ou transtorno obsessivo-compulsivo (TOC)
- Comorbidades: pode estar associada a outros transtornos, como depressão, ansiedade generalizada, TOC ou transtornos de personalidade
Como é o tratamento da tricotilomania?
O tratamento da tricotilomania envolve abordagens multidisciplinares, como a psicoterapia e o uso de medicamentos. “A tricotilomania é tratável, e a maioria das pessoas pode ter uma melhora significativa com o acompanhamento adequado. Procurar ajuda profissional é um passo importante para o bem-estar psicológico”, orienta Kênia.
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