Redatora de saúde e bem-estar, autora de reportagens sobre alimentação, família e estilo de vida.
O café faz parte da rotina matinal de muita gente. Para muitos, o dia só começa de verdade depois daquele primeiro gole indispensável. Mas talvez esse hábito tão enraizado não seja tão inofensivo quanto parece. Mel Robbins, coach e autora best-seller na área de cuidados pessoais, tem algo a dizer sobre isso — e não é exatamente o que os amantes de café querem ouvir.
Desde o sucesso de seu podcast “The Mel Robbins Podcast” — o mais ouvido nos EUA em 2024 — ela fez um alerta direto: nunca tome café em jejum. Segundo Mel Robbins, esse simples hábito pode elevar os níveis de cortisol, o hormônio do estresse, justamente quando seu corpo mais precisa de equilíbrio.
“Antes de sair correndo para tomar café, beba um copo de água”, insiste Robbins no episódio mais recente. A recomendação até parece mais um conselho de vó do que de uma guru da transformação, até que ela explica o motivo: hidratar-se primeiro ajuda o corpo a despertar sem sustos e mantém a ansiedade sob controle.
O problema de tomar café em jejum
Mel Robbins afirma que consumir cafeína sem ter se alimentado antes não apenas agride o sistema nervoso, como também impede a eliminação natural da adenosina — a substância responsável pela sensação de sono. Ao esperar uma ou duas horas após acordar, o efeito do café se torna mais estável e duradouro, com menos picos e quedas bruscas.
Não se trata de eliminar o café, mas sim de postergar o momento de ingeri-lo. Essa pausa antes da dose de cafeína pode ajudar a evitar o desânimo emocional que, por vezes, surge no meio da manhã, antes da primeira refeição. A especialista recomenda que o ritual seja mantido, porém adaptado de forma mais consciente.
