
Jornalista com sete anos de experiência em redação na área de beleza, saúde e bem-estar. Expert em skincare e vivências da maternidade.
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Quando temos força mental, desenvolvemos a resiliência necessária para enfrentar o fracasso e nos recuperar. Segundo a psicoterapeuta e especialista Amy Morin, essa força mental nos ajuda a entender e escolher qual caminho seguir, nos permite manter uma atitude positiva diante dos obstáculos, muda a forma como encaramos os desafios de curto prazo e nos impulsiona rumo ao crescimento pessoal e profissional no longo prazo.
Em seu podcast Mentally Stronger, Morin afirma que nunca estamos totalmente desamparados diante dos problemas, pois sempre podemos escolher como reagir aos desafios da vida. "O caminho a seguir nem sempre é obter mais informações ou conselhos. É fazer as perguntas certas", afirma. Isso é especialmente útil quando enfrentamos um problema no trabalho. Segundo a especialista, se conseguirmos nos fazer algumas perguntas e refletir sobre as respostas, teremos mais força mental do que a maioria das pessoas.
“Onde estou agora e como posso melhorar?”
Em uma escala de 0 a 10, onde 10 representa o seu melhor momento, em que número você está agora? E como pode subir um ponto nessa escala? A especialista garante que é fácil pensar em extremos e desistir antes mesmo de tentar. É comum achar que não há nada a ser feito porque tudo parece horrível. Mas será que é mesmo? "Analisar a situação em uma escala reformula seu pensamento e ajuda você a ver que as coisas podem não ser tão assustadoras quanto imagina", diz ela.
Imagine que você acorda estressado porque tem uma apresentação importante hoje, e sua lista de tarefas só aumenta. Você se pergunta em que ponto está nessa escala e conclui que está em um 4. Está cansado, nervoso e preocupado. Para subir um ponto, liga para sua melhor amiga e marca um encontro depois do trabalho para desabafar. Isso melhora seu ânimo e, com um simples gesto, você passa de um 4 para um 5.
“O que me ajudou a lidar com isso no passado?”
“Essa pergunta nos lembra que já superamos momentos difíceis — e podemos fazer isso de novo, confiando em nós mesmos”, diz Morin. O objetivo é focar em algo que já aconteceu e que conseguimos superar, por dois motivos: para reconhecer nossa resiliência e lembrar das estratégias que nos ajudaram naquela ocasião.
Por exemplo, você está preocupado com a possibilidade de perder um cliente, mas essa não é a primeira vez que isso acontece. O que você fez antes para chegar onde está agora? Reflita sobre momentos em que as coisas pareciam difíceis, mas não intransponíveis. O que você fez de diferente? Pensar nos sucessos passados mostra que o progresso é possível — e ainda oferece um plano que pode ser replicado agora.
“O que meu melhor amigo diria sobre isso?”
Essa pergunta pode parecer desnecessária, mas imaginar a perspectiva de alguém que ama você e acredita no seu potencial é uma forma poderosa de cultivar a autocompaixão. "É como tomar emprestado o otimismo dessa pessoa quando você mais precisa", explica a especialista. Imagine o que seu melhor amigo diria — e deixe essas palavras guiarem seu próximo passo.
“Como posso evitar que isso piore?”
Sabemos que nem todos os problemas têm solução imediata e que, mesmo mantendo uma atitude positiva, talvez não consigamos melhorar a situação agora. Mas sempre podemos fazer algo para evitar que piore no futuro.
Por exemplo, você está passando por um término de relacionamento e sente vontade de mandar uma mensagem para o seu ex, mas sabe que retomar o contato só vai dificultar o processo. Como evitar que piore? Não mandando mensagens. Em vez disso, vá à academia ou registre seus sentimentos em um diário.