Ter caso de esquizofrenia na família aumenta as chances de se ter essa doença? Respostas dos nossos especialistas

Há um componente genético da esquizofrenia e ter pare tês de primeiro grau (pais, irmãos e tios) pode aumentar a chance de desenvolver esquizofrenia, transtorno bipolar ou outros transtornos psiquiátricos. Entretanto, apesar desse fator de risco, os familiares não devem entrar em desespero acreditando que fatalmente desenvolverão a doença, apenas ficar atentos a sintomas e ao seu estado emocional.

a esquizofrenia é o principal e mais importante das psicoses, que, simplificadamente, se manifestam como a incapacidade de compartilhar ou participar de toda ou parte da realidade das pessoas. Embora haja vários tipos de esquizofrenia, cada uma com um conjunto de sintomas característico, é comum que pessoas com um desses quadros apresentem alucinações, dificuldades de organização da fala e do pensamento, embotamento afetivo e estereotipias ou catatonia - embora cada sintoma seja mais ou menos comum a depender dos tipos de esquizofrenia.As causas desses quadros não são completamente conhecidos, mas sabe-se que há um componente genético envolvido: casos familiares aumentam o risco em 3%, quando atinge parentes de segundo grau, de 10% a 14% se forem parentes de primeiro grau, e 45% em caso de gêmeos monozigóticos. A incidência na população em geral é estimada em 1%.Os primeiros episódios costumam aparecer entre os 15 e 25 anos em homens, e entre os 25 e 35 anos em mulheres, embora haja casos comuns com início fora dessas faixas. Por fim, uma boa notícia: como consequência da Luta Antimanicomial, muitas cidades apresentam Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) como alternativas aos antigos sanatórios. Esses ambientes oferecem acompanhamento à pessoa com esquizofrenia e seus familiares, trabalhando de forma a garantir a integração do assistido a todos os setores da sociedade.