O que é Escherichia coli
A Escherichia coli (E. coli) é um tipo de bactéria que habita no sistema digestivo do ser humano e de outros animais. Apesar de ser associada, na maioria das vezes, a uma infecção, a E. coli é um dos elementos responsáveis por auxiliar no funcionamento do organismo, mantendo o corpo e o intestino saudáveis.
Porém, de acordo com Jane Teixeira, infectologista e gerente médica da Sharecare, a reprodução dessa bactéria se torna anormal após a ingestão de altas cargas bacterianas ou de novos grupos de bactérias, o que pode ocorrer com o consumo de alimentos impróprios.
Escherichia coli na urina
Após a infecção por E. coli no intestino, os microorganismos podem migrar para diferentes partes do corpo. Quando eles se deslocam para o trato urinário, é comum que sejam a causa de uma infecção na região.
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Ainda de acordo com Jane, os quadros mais comuns de infecção urinária por E. coli são as cistites - inflamação da bexiga que pode causar febre baixa e a presença de sangue na urina.
Sintomas de E. coli

No trato intestinal, os sintomas de infecção por E. coli são:
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Ligia Brito, clínica-geral do Hospital Edmundo Vasconcelos, em São Paulo, explica que, em casos de infecção urinária pela Escherichia coli, o processo pode ser assintomático, ou seja, sem apresentar nenhum sintoma. Porém, também é possível notar os seguintes sinais:
- Dor ao urinar
- Idas mais frequentes ao banheiro
- Febre
- Dificuldade para urinar
- Dor abdominal de intensidade leve
- Alteração da cor da urina
Transmissão
A E. coli pode ser transmitida de diferentes formas. Alguns exemplos são:
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- Carnes: animais de sangue quente, como bois e porcos, também possuem a Escherichia coli presente no organismo. Ao ingerir carne pouco cozida ou crua, há grande risco de contaminação pela bactéria. A carne moída, por ser uma mistura de diferentes animais, também costuma ser um dos alimentos de maior risco
- Água: a ingestão de água contaminada, especialmente ao nadar em local inapropriado, também pode ser um fator de transmissão
- Leite: beber leite não pasteurizado, sem o tratamento adequado, pode causar a infecção por E. coli. Consumir iogurte ou queijo feitos com leite contaminado também são possíveis formas de transmissão
- Fezes: após trocar a fralda de um bebê, por exemplo, se as mãos não forem lavadas adequadamente antes de uma refeição, pode ocorrer uma infecção por E. coli
Diagnóstico
Não há características clínicas que possam determinar com clareza que uma infecção é causada pela E. coli. Em casos de suspeita, o diagnóstico é realizado através do exame de urina e pela cultura de fezes, principalmente em pacientes que apresentam alteração na imunidade e risco de agravamento do quadro.
"Devemos lembrar que o isolamento de E. coli em culturas de urina ou fezes só é relevante diante de quadro clínico sugestivo de infecção, com uma contagem de colônias relevante, pois esta bactéria já é uma colonizadora do trato urinário e digestivo da maioria das pessoas", explica a médica infectologista Jane Teixeira.
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Tratamento de E. coli
Em geral, o tratamento para a infecção por E. coli é feito através do uso de antibióticos prescritos pelo médico. Em alguns casos, é possível que medicamentos antimicrobianos sejam indicados.
- Infecção intestinal: O tratamento das infecções bacterianas intestinais com o uso de antimicrobianos é realizado apenas em casos graves, quando o paciente apresenta sangue nas fezes, febre persistente ou evidência de infecção invasiva.
- Infecção urinária: Pode ser necessária a aplicação de remédios antimicrobianos por via oral ou venosa, dependendo da gravidade da infecção.
"Nos casos de infecção urinária, incluímos o pedido de um antibiograma, pois, em alguns pacientes, acontece a infecção de repetição e a bactéria se torna resistente aos remédios mais comuns. Com isso, é preciso interná-lo para ministrar antibióticos mais potentes", explica a médica Ligia Brito.
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Complicações
Na maioria dos casos, a infecção por Escherichia coli costuma ser tratada rapidamente, sem causar grandes complicações. Porém, em quadros de infecção intestinal sem o tratamento adequado, há o risco da E. coli se disseminar para a corrente sanguínea, trazendo complicações mais graves, se expandindo e causando sérios danos em outros órgãos, podendo levar o paciente a óbito.
Caso a bactéria migre do sistema urinário para os rins, é possível que haja o aparecimento de pielonefrite - infecção da pelve ou do parênquima renal. Jane Teixeira explica que, se não tratada adequadamente, a doença pode causar sequelas locais, como a perda da função do órgão até problemas mais agudos.
Escherichia coli na gravidez
Quando a infecção por E. coli ocorre durante a gestação, há uma série de fatores que podem colocar a saúde da mãe e do bebê em risco. De acordo com as especialistas, até mesmo uma infecção assintomática pode causar complicações, reforçando a importância de um acompanhamento médico constante durante toda a gravidez.
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Caso a bactéria se espalhe para a área da placenta, é possível que ocorram fortes contrações, o que intensifica o risco de aborto ou parto prematuro. Se um recém-nascido é infectado, sua baixa resistência pode levá-lo a quadros graves mais rapidamente.
Prevenção
A contaminação por E. coli pode ocorrer em qualquer pessoa. Entretanto, há algumas medidas preventivas que podem ser tomadas para evitar a infecção pela bactéria, como:
- Lavar as mãos com água e sabão com frequência, especialmente antes das refeições e após usar o banheiro
- Cozinhar os alimentos na temperatura correta
- Não engolir água de ambientes públicos, como piscinas e rios
- Manter a carne crua longe de outros alimentos
- Consumir laticínios apenas pasteurizados
- Lavar bem os alimentos frescos, como hortaliças e verduras
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Fontes
Jane Teixeira, infectologista e gerente médica da Sharecare
Ligia Brito, clínico-geral do Hospital Edmundo Vasconcelos