Jornalista com sete anos de experiência em redação na área de beleza, saúde e bem-estar. Expert em skincare e vivências da maternidade.
iTodos nós já passamos por momentos difíceis que nos forçaram a encontrar forças onde parecia não haver nenhuma. É isso que conhecemos como resiliência psicológica, a capacidade da nossa mente de enfrentar problemas e se adaptar às circunstâncias que surgem ao longo da vida.
O que muitos não sabiam é que pessoas com maior resiliência mental também têm mais chances de viver por muitos anos e até alcançar os 100 anos de idade. Pelo menos é o que aponta um estudo publicado na revista científica BMJ Mental Health.
A resiliência pode nos ajudar a viver mais
Essa não é a primeira vez que um estudo mostra que encarar a vida com uma atitude positiva é essencial para sermos mais felizes na aposentadoria. Agora, esta pesquisa, liderada por Yitang Zhang, do Departamento de Epidemiologia da Escola de Saúde Pública da Universidade Sun Yat-Sen, na China, aprofunda essa ideia e revela a relação entre resiliência mental e longevidade.
Para chegar a essa conclusão, foram analisados os hábitos de vida de mais de 10 mil pessoas com mais de 50 anos, nos Estados Unidos. A resiliência mental dos participantes foi avaliada com base em escalas que mediam qualidades como perseverança, calma, senso de propósito e autoconfiança.
Com base nesses dados, os pesquisadores concluíram que “idosos com níveis mais altos de resiliência mental têm 53% menos chance de morrer nos próximos 10 anos do que aqueles com níveis mais baixos”.
Mesmo enfrentando doenças crônicas ou levando um estilo de vida pouco saudável, pessoas com alta resiliência mental ainda apresentaram 46% e 38% menos risco de morrer em 10 anos, respectivamente, em comparação com as menos resilientes.
Como fortalecer a resiliência mental
De acordo com o Instituto Espanhol de Resiliência, a resiliência é uma habilidade que pode ser desenvolvida. A organização afirma que “embora não seja possível evitar experiências traumáticas, é importante saber que é possível reagir emocionalmente a elas. Nesse sentido, os pilares da resiliência ajudam a fortalecer-se e a reduzir os impactos de situações negativas”.
Para ajudar nesse processo, o Instituto elaborou um plano com dez passos para desenvolver a resiliência:
- Conheça a si mesmo: O Instituto recomenda praticar a introspecção para obter mais clareza sobre nós mesmos, por meio do autoconhecimento e da auto-observação.
- A motivação é essencial: É importante visualizar um projeto de vida, pensando em como você deseja que ela seja no curto, médio e longo prazo. Uma vez com esse objetivo em mente, é necessário ter determinação e perseverança para segui-lo.
- Tenha autocontrole emocional: Precisamos ser capazes de enfrentar os problemas sem nos colocarmos no papel de vítimas. Uma pessoa resiliente consegue controlar seus impulsos e emoções, analisar os desafios com equilíbrio, tomar decisões e assumir responsabilidades.
- Desenvolva autonomia emocional: Pessoas resilientes sabem se distanciar emocional e fisicamente diante de situações adversas. A autonomia emocional ajuda a estabelecer limites nesses momentos.
- Cultive a autoestima: Diante de dúvidas e medos internos, é essencial confiar em si mesmo e nos recursos que temos para lidar com as dificuldades. A autoestima nos impulsiona a tomar iniciativas e a encarar responsabilidades.
- Tenha uma vida social ativa e saudável: Desenvolver boas relações interpessoais fortalece a empatia e a capacidade de compreender e aceitar os outros.
- Adote uma atitude positiva: É difícil ser resiliente sem olhar a vida com otimismo. Uma atitude positiva ajuda a enfrentar problemas com mais leveza e a buscar novas perspectivas.
- Valorize o bom humor: Pessoas resilientes conseguem colocar as dificuldades em perspectiva e encarar a vida com leveza e senso de humor.
- Comprometa-se com você mesmo: Não é possível seguir um plano de vida sem se comprometer com ele. É preciso assumir a responsabilidade por sua própria trajetória, mesmo diante dos obstáculos.
- Busque equilíbrio e coerência: Para finalizar o decálogo, o Instituto recomenda manter coerência entre discurso e prática, buscando equilíbrio entre o que se pensa, se diz e se faz.