
Redatora de saúde e bem-estar, autora de reportagens sobre alimentação, família e estilo de vida.

Segundo especialistas, existe um hábito responsável por romper a maioria dos relacionamentos, e pode afetar seriamente a sua relação. Não é sobre deixar o assento do vaso sanitário levantado, cabelo do chuveiro no ralo do chuveiro, nem mesmo problemas de comunicação ou falta de sexo.
O hábito que mais causa términos de relacionamento, de acordo com a terapeuta de casais María Baratta, é a rigidez ou a inflexibilidade.
O que é a inflexibilidade em um relacionamento?
Como explica a terapeuta, a rigidez é “a dificuldade de ver o ponto de vista do outro e, portanto, a impossibilidade de considerá-lo e responder de uma forma que comunique conexão”.
É a incapacidade de considerar que a perspectiva do outro é válida e digna de reflexão, e a falta de disposição de mudar a mentalidade diante das necessidades e demandas do outro. Significa não se colocar no ponto de vista do seu parceiro e se recusar a mudar qualquer coisa.
María Esclapez, psicóloga e terapeuta de casais, afirma em seu livro “Me quiero, te quiero”, que é normal haver conflitos e momentos de raiva em qualquer relacionamento. O verdadeiro problema, segundo ela, não está em discordar ou enfrentar conflitos, mas na incapacidade de lidar com essas situações de forma saudável.
Como trabalhar a inflexibilidade para que ela não destrua o relacionamento?
Quando falamos de inflexibilidade, nos referimos à dificuldade ou incapacidade de “negociar” com o parceiro diante dos conflitos do relacionamento. Pessoas muito rígidas tendem a não se colocar no lugar do outro, evitando reflexões e diálogos que poderiam promover entendimento e equilíbrio na relação.
Baratta acrescenta que, embora a rigidez possa ser resultado de transtornos de personalidade, problemas de saúde mental, transtornos de dependência ou características de personalidade, ela “também pode ser simplesmente uma postura, uma decisão de ceder ou não ceder em uma questão”. E isso separa casais com mais frequência do que imaginamos.
Conversar diariamente com o parceiro é o primeiro passo para romper o ciclo desse hábito. É essencial que aprendamos a ouvir, que valorizemos a opinião do outro e que negociemos como um casal para chegar a um acordo em todos os conflitos que surgirem.
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