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iO que é Paralisia facial?
A maior parte das paralisias faciais é consequência de problemas relacionados a um nervo responsável pela movimentação dos músculos da face.
“A paralisia facial por si é a perda total dos movimentos de um ou mais territórios da face. Quando não há perda total de movimentos, o nome mais correto a ser usado é a paresia, ou diminuição da força muscular”, explica Marcelo Valadares, neurocirurgião, médico do Hospital Israelita Albert Einstein (SP) e pesquisador da Disciplina de Neurocirurgia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Causas
Via de regra, a paralisia facial é causada por algum tipo de problema no chamado nervo facial - também chamado sétimo nervo craniano. O quadro acontece por inflamações, infecções e lesões de uma forma geral.
Normalmente, quando é uma perda de movimentos gradual, é devido a um tumor na cabeça ou pescoço. Já no caso de uma perda repentina, algumas das razões podem ser:
- Paralisia de Bell, que é o tipo mais comum de paralisia facial
- Infecção ou inflamação no nervo facial
- Trauma na cabeça
- Infarto
- Problemas de ouvido
- Hipertensão
- Diabetes
- Doença de Lyme, uma doença bacteriana transmitida por carrapatos
- Doenças autoimunes como a esclerose múltipla e a síndrome de Guillain-Barré
- Sindrome de Ramsay-Hunt, que é uma infecção viral no nervo facial
Durante o nascimento, alguns bebês podem ter paralisia facial temporária, mas em 90% dos casos esse problema se resolve sem tratamento. Nos recém nascidos a paralisia facial pode ser devido a algumas síndromes congênitas, como a síndrome de Moebius e a de Melkersson-Rosenthal.
Sintomas
A maioria das pessoas não apresenta sintomas antes da paralisia facial. Porém, quando ela acontece, pode gerar sintomas como:
- Perda da força na face
- Formigamento no rosto
- Dor na face
- Dores de cabeça
- Dores de ouvido, zumbidos nos ouvidos (um ou dois) e sensibilidade aos sons
- Dificuldade para falar e comer
- Dificuldade de demosntrar emoções
- Salivação excessiva
- Espasmos musculares
- Lacrimejamento
- Secura na boca e olhos
- Dificuldade para fechar os olhos (o que demanda mais cuidados, às vezes com tapa-olhos e/ou colírios, para prevenir danos a longo prazo).
Fatores de risco
Ter doenças crônicas, autoimunes, ou infecções virais no rosto podem contribuir com o surgimento da paralisia facial. Além disso, no caso da Paralisia de Bell, mulheres grávidas (especialmente durante o terceiro trimestre) e mulheres que acabaram de dar à luz são mais suscetíveis. O mesmo também acontece quando a pessoa já teve paralisias anteriores ou algum parente próximo apresentou o sintoma.
Na consulta médica
Normalmente os casos de paralisia facial devem ser avaliados por um neurologista mas, para lidar com o sintoma, pode ser necessário também a ajuda de um otorrinolaringologista e um fonoaudiólogo.
É muito importante discutir todos os sintomas, de antes e depois da paralisia, com os médicos que realizarem o atendimento, mesmo os sinais que não parecem relacionados ao problema. Por isso, se conseguir, é bom escrever os sintomas e medicações que está tomando, assim como outras doenças que possa ter. Caso o paciente não consiga fazer isso, peça para o acompanhante escrever, assim o médico terá os detalhes que o ajudarão a fazer o diagnóstico certeiro e a definir o tratamento. É importante que a pessoa com paralisia facial vá acompanhada até o atendimento de emergência disponível e às consultas.
O seu médico também pode pedir para você tentar mover os seus músculos faciais, por exemplo, levantar as sobrancelhas, fechar os olhos, sorrir, franzir a testa e as sobrancelhas.
Dentre os exames que o profissional pode solicitar para diagnosticar a paralisia facial estão:
- Eletromiografia para avaliar como estão os músculos e os nervos que os controlam
- Exames de imagem
- Exames de sangue que ajudem a localizar a causa da paralisia.
Caso o paciente ou seu acompanhante tenham dúvidas sobre essa condição é importante perguntá-las ao profissional que realizará o atendimento. Por isso, se possível, leve as dúvidas para a consulta por escrito. Caso tenha novas perguntas durante o atendimento, não hesite em fazê-las ao médico.
Buscando ajuda médica
É preciso buscar ajuda médica imediatamente assim que um dos sintomas da paralisia cerebral surgir..Com o atendimento adequado, o caso é avaliado e são realizados os procedimentos necessários.
Tanto em casos repentinos quanto nos graduais de paralisia facial, o médico deve ser comunicado o quanto antes. Em ambos os casos, quanto mais cedo for tratado o sintoma, maiores as chances de uma recuperação completa ou com menos sequelas.
Tem cura?
As expectativas com relação a paralisia facial dependem do motivo que originou esse sintoma. Contudo, em linhas gerais, quanto antes for diagnosticado e tratado o problema, menores são as chances que o paciente tenha sequelas mais graves.
Complicações possíveis
Normalmente, pessoas com paralisia cerebral respondem bem ao tratamento. Porém, é possível observar quadros em que há complicações, podendo ir desde uma paralisia residual até dor crônica.
Referências
Clínica Mayo
Healthline
Marcelo Valadares, neurocirurgião, médico do Hospital Israelita Albert Einstein (SP) e pesquisador da Disciplina de Neurocirurgia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) - CRM 124.639 SP