Poliomielite: campanha nacional de vacinação começa dia 8

A Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite começa na próxima segunda-feira (8). O público-alvo é formado por crianças com menos de cinco anos de idade. Ao mesmo tempo, também acontecerá a Multivacinação para Atualização da Caderneta de menores de 15 anos. A iniciativa vai até o dia 9 de setembro.

A ação busca alcançar pelo menos 95% das crianças de um a quatro anos de idade diante de um cenário de queda na cobertura vacinal para essa doença desde 2016. Em 2021, o percentual ficou abaixo de 70%

A vacinação contra a poliomielite é feita de duas formas: a Vacina Oral Poliomielite (VOP) e a Vacina Inativada Poliomielite (VIP). O esquema vacinal é de três doses da vacina injetável (VIP), aos 2, 4 e 6 meses de idade, e mais duas doses de reforço com a VOP, em gotinhas, aos 15 meses e aos 4 anos de idade.

Atualização da caderneta de vacinação

Já a atualização da caderneta de vacinação de crianças e adolescentes está prevista no calendário do Programa Nacional de Imunizações (PNI). Nessa campanha serão disponibilizadas doses que protegem contra diversas doenças, como: tuberculose, hepatite, tétano, difteria, meningite, febre amarela, sarampo, rubéola, caxumba, catapora, gripe, covid-19, entre outras.

Os estados e municípios têm autonomia para organizar o atendimento. O ideal é que pais levem seus filhos com as cadernetas para que as equipes de saúde possam identificar quais imunizantes precisam ser aplicados.

O que é poliomielite?

A poliomielite, também conhecida como pólio ou paralisia infantil, é uma doença contagiosa aguda causada por um enterovírus chamado poliovírus. Existem dois tipos de pólio: a paralítica, que pode paralisar totalmente ou parcialmente os membros inferiores, e a não paralítica.

O vírus é transmitido via fecal-oral, por alimentos, objetos ou água contaminados, ou pelo contato oral-oral, por meio de gotículas de secreções da fala, tosse ou espirro de doentes ou portadores. Entre os sintomas da poliomielite não paralítica estão:

• Febre;
• Garganta inflamada;
• Dor de cabeça;
• Vômitos;
• Fadiga;
• Dor de garganta;
• Meningite;
• Fraqueza muscular;
• Dor ou rigidez nos braços e nas pernas.

Em casos raros, a infecção pode levar à poliomielite paralítica, cujos sintomas iniciais são iguais aos da não paralítica. Porém, o vírus pode invadir o sistema nervoso central e gerar danos no corno anterior das raízes da medula espinhal, o que pode levar à paralisia.

A vacinação é a única forma de prevenir a poliomielite e a baixa cobertura vacinal tem acendido alerta no Brasil e no mundo. Em julho deste ano, os Estados Unidos registraram o primeiro caso de pólio em quase uma década em um paciente não vacinado contra a doença.

No Brasil, o último caso foi detectado em 1989 e, desde 1994, a doença é considerada erradicada. Contudo, o país está em alto risco de reintrodução da pólio devido à baixa cobertura vacinal.