O que comer quando está com dengue? Nutricionista diz suas principais recomendações

A dengue é uma doença viral transmitida pela picada do mosquito Aedes Aegypti, que pode causar sintomas como febre alta, dores no corpo, dor de cabeça e manchas vermelhas na pele. É uma condição que requer cuidados específicos, inclusive na alimentação, para ajudar o corpo a se recuperar mais rápido.

Quando estamos com dengue, é fundamental dar atenção à hidratação, pois a doença pode causar uma perda de líquidos significativa, e priorizar o consumo de alimentos que ajudam a fortalecer o sistema imunológico. Pensando nisso, o MinhaVida entrevistou a nutricionista Gisela Savioli, que recomendou o que um paciente com dengue deve comer. Acompanhe!

Por que manter uma boa alimentação quando se está com dengue?

Embora não exista um tratamento específico para a dengue, a boa alimentação desempenha um papel fundamental no fortalecimento do sistema imunológico, ajudando o corpo a combater a doença e acelerar a recuperação do quadro.

“Hoje sabemos que 75% do nosso sistema imunológico está no intestino. Isso reforça a importância de escolher bem o que comemos ou deixamos de comer, pois tudo aquilo que agride o intestino também impacta negativamente nas defesas imunológicas. Se a comida faz bem para a microbiota intestinal, suas defesas saem fortalecidas”, ressaltou a nutricionista. 

Manter uma boa rotina alimentar durante a dengue também ajuda na reposição de nutrientes perdidos pelos sintomas da dengue, como vômitos e diarreia; e melhora a hidratação, já que muitos alimentos possuem alto teor de água, como é o caso da melancia e do pepino.

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O que comer quando se está com dengue?

Para quem está com dengue, o segredo da alimentação é investir em comida de verdade. Gisela explica que ter uma alimentação rica em frutas, legumes e verduras, com baixo consumo de alimentos ultraprocessados, é essencial tanto na prevenção como em quadros de recuperação de uma infecção. A especialista diz que o primeiro passo é ter uma alimentação rica em fibras para potencializar a proteção do intestino e fez uma lista de ingredientes que ela mais recomenda: 

Cúrcuma: é capaz de modular a imunidade conforme o que cada corpo precisa em quadros infecciosos, por exemplo, mas também suprime quando é necessário. “Pitadas de cúrcuma para temperar e agregar sabor às refeições são uma sugestão de consumo, quando incluídas em uma dieta saudável e equilibrada”, indicou a nutricionista.

Semente de abóbora: é uma das maiores fontes de zinco, um mineral essencial para a função adequada do sistema imunológico e pode servir como componentes de saladas ou assadas como se fosse um snack.

Gengibre: é conhecido por suas propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes. “Ele contém compostos como o gingerol, que podem ajudar a reduzir a inflamação e estimular o sistema imunológico. Ele pode ser consumido em forma de chá, tempero ou em pedaços pequenos nas refeições”, recomendou Gisela.

Alho: é um alimento rico em compostos sulfurados, como a alicina, que possuem propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias. “Estudos mostraram que o consumo regular de alho pode ajudar a fortalecer o sistema imunológico, reduzir a duração de resfriados e até mesmo prevenir infecções, inclusive fúngicas. Uma sugestão é macerar o alho antes de usar e deixar descansando por 15 minutos para liberar mais nutrientes”, indica a profissional.

Cogumelos: esse alimento é uma rica fonte de beta-glucanas, uma fibra solúvel e extremamente benéfica para o intestino e agrega melhora da imunidade.

Chá de casca da cebola: as cascas são ricas em antioxidantes, como a quercetina, que têm propriedades anti-inflamatórias e podem ajudar a fortalecer o sistema imunológico, especialmente em quadros gripais. A nutricionista explica como consumir: “Guarde as cascas de cebola em um vidro escuro e utilize para um chá de infusão, bebendo, em média, três xícaras por dia de forma intervalada”.

Alimentos que devem ser evitados quando se está com dengue

Durante a recuperação da dengue e de qualquer outra infecção viral, Gisela recomenda que é sempre bom evitar o consumo de alimentos ultraprocessados que sobrecarregam o organismo e comprometem o processo preventivo e de recuperação. São eles: 

• Refrigerantes;
• Salgadinhos;
• Embutidos;
• Biscoitos.

“Esses alimentos podem aumentar a inflamação do corpo, pois são ricos em gorduras ruins, açúcar e sódio, sem contar a quantidade de conservantes. A ordem é desembalar menos e descascar mais”, orientou a especialista.

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