
Graducação pela Universidade Federal de Minas Gerais. Título de Especialista de Neurologia e Neurocirurgia. Doutorado em...
i
Formada em Jornalismo pela USP e pós-graduanda pela FESPSP. Tento transformar o seu dia a dia com informações de impacto e personagens inspiradores.
iO que é Confusão mental?
A confusão mental é a perda de consciência e percepção do ambiente. Ela também está relacionada à sensação de desorientação e a dificuldades para tomar decisões, prestar atenção e lembrar de determinadas coisas.
Causas
A confusão mental é uma síndrome relacionada a diversos quadros, desde infecções sistêmicas, tumores até doenças degenerativas.
Qualquer pessoa está sujeita a um quadro de confusão mental. Via de regra, ele se manifesta quando relacionado às seguintes situações:
- Tumor cerebral
- Concussão cerebral
- Febre
- Desequilíbrio entre fluidos e eletrólitos no sangue
- Trauma ou lesão na cabeça
- Doenças neurológicas, como derrame (AVC)
- Infecções
- Falta de sono
- Diabetes
- Hipoglicemia
- Níveis baixos de oxigênio (principal em função de distúrbios pulmonares crônicos)
- Queda brusca da temperatura corporal (hipotermia)
- Consumo excessivo de bebidas alcóolicas
- Uso de determinados medicamentos
- Deficiências nutricionais, principalmente de niacina, tiamina, vitamina C e vitamina B12.
Na consulta médica
Especialistas que podem diagnosticar confusão mental são:
- Clínico geral
- Neurologista
- Psiquiatra
- Psicólogo
Estar preparado para a consulta pode facilitar o diagnóstico e otimizar o tempo. Dessa forma, você já pode chegar à consulta com algumas informações:
- Uma lista com todos os sintomas e há quanto tempo eles apareceram
- Histórico médico, incluindo outras condições que o paciente tenha e medicamentos ou suplementos que ele tome com regularidade
- Se possível, peça para uma pessoa te acompanhar.
O médico provavelmente fará uma série de perguntas, tais como:
- Você sente confusão mental o tempo todo?
- Com que frequência você se sente confuso?
- Em que momentos do dia a confusão é mais frequente?
- Você tem outros sintomas? Qual?
- Você sente dor? Onde?
- Você já foi diagnosticado com alguma outra condição de saúde? Qual?
- Você faz uso de algum tipo de medicamento? Qual?
- Você sofreu uma lesão na cabeça recentemente?
- Você dorme bem durante a noite? Quantas horas de sono você dorme, em média?
- Você tem diabetes?
Se você estiver acompanhando uma pessoa que tem episódios frequentes de confusão mental, o médico também poderá lhe fazer algumas perguntas, como:
- Quantas vezes por dia você nota episódios de confusão mental?
- A confusão tem interferido em atividades diárias e simples?
- A confusão tem melhorado, piorado com o passar do tempo ou manteve-se estável?
- Quais outros sintomas a pessoa teve?
Buscando ajuda médica
Marque uma consulta com um médico ou compareça a um pronto-socorro ao menor sinal de confusão mental para que a causa da manifestação do quadro seja identificada.
Também vale atenção se a confusão mental for um sintoma que vier acompanhada de outros sinais ou quadros clínicos, como:
- Cefaleia
- Febre
- Pulso rápido
- Tontura ou sensação de desmaio
- Respiração lenta ou rápida
- Tremores
- Após uma lesão ocorrida na cabeça
Tratamento
O tratamento para a confusão mental varia de acordo com a causa base para a manifestação do sintoma. Desse modo, tratando um quadro, por exemplo, de desidratação que leva à confusão mental, os sintomas de desorientação também são sanados.
Todavia, há casos que são mais complexos, como os de doenças degenerativas - principalmente em idosos. Isso porque os tratamentos em si das patologias são mais lentos e trabalhosos - o que pode acarretar em sinais menos visíveis dos efeitos do tratamento da confusão mental em si.
Convivendo (Prognóstico)
Pelas características da confusão mental, como a desorientação e falta de percepção do ambiente, é preciso demonstrar segurança para quem convive com a síndrome - e não brigar com a pessoa que está desorientada e tentando entender o que está acontecendo.
É fundamental ter paciência e acolhimento com quem lida com confusão mental. O mesmo vale para quem vive ao redor do paciente, sejam eles amigos ou familiares, e também profissionais especializados no atendimento.
Referências
Ministério da Saúde
Mayo Clinic
Healthline
Science Daily
Custodio Michailowsky Ribeiro, Médico Neurologista do Hospital Albert Sabin de SP - CRM- 73303