
Nutricionista, graduada pelo Centro Universitário São Camilo, em São Paulo, com especialização em Nutrição de Doenças Cr...
i
Jornalista com sete anos de experiência em redação na área de beleza, saúde e bem-estar. Expert em skincare e vivências da maternidade.
i
Se você ainda evita colocar azeite de oliva na panela por medo de “perder os nutrientes”, saiba que essa dúvida já foi respondida pela ciência — e a resposta é mais positiva do que muita gente imagina.
Estudos mostram que cozinhar com azeite, especialmente o extravirgem, não só é seguro como também pode trazer benefícios à saúde. Ainda assim, o receio persiste entre muitos brasileiros, alimentado por mitos antigos que resistem ao tempo.
“Durante muito tempo, o azeite foi visto como um ingrediente nobre, mas restrito a pratos frios”, explica a nutricionista Amanda Epifânio Pereira, em um artigo para o MinhaVida. A crença de que o calor destruiria suas propriedades nutricionais acabou afastando o ingrediente do fogão — literalmente. No entanto, segundo a especialista, já está mais do que comprovado que esse tipo de gordura pode ser usado com tranquilidade em preparações quentes, sem comprometer seus benefícios.
Leia mais: Temperar a salada antes ou depois de servir? Por que essa escolha é importante para a saúde?
Nutricionista e estudos garantem: cozinhar com azeite de oliva não faz mal
Durante muito tempo, o azeite de oliva foi considerado um ingrediente ideal apenas para temperar saladas ou finalizar pratos frios. O receio de perder suas propriedades nutricionais no calor da panela afastava muita gente da ideia de usá-lo no preparo de receitas quentes. Mas, segundo a nutricionista Amanda Epifânio Pereira, essa preocupação não precisa mais existir.
“As propriedades nutricionais e terapêuticas do azeite vêm sendo demonstradas em diversos estudos científicos”, afirma. Ela explica que há fortes evidências de que o azeite de oliva, especialmente o tipo virgem ou extravirgem, pode ajudar na prevenção de doenças cardiovasculares e até mesmo do câncer. Isso porque ele é praticamente isento de gordura saturada e contém altas concentrações de vitamina E, betacaroteno e polifenóis — substâncias com potente ação antioxidante e anti-inflamatória.
De acordo com a nutricionista, os azeites virgem e extravirgem — obtidos por prensagem direta ou centrifugação — são os mais ricos em polifenóis, com concentrações que variam de 150 a 350 mg por quilo. Já os azeites refinados, embora também contenham gorduras monoinsaturadas, apresentam teores muito menores desses compostos protetores.
Com tantas qualidades, é natural que o azeite tenha conquistado o posto de gordura “sofisticada e saudável”. No entanto, Amanda faz um alerta: isso não significa que ele deva substituir completamente os óleos vegetais tradicionais.
“Como tudo em nutrição, os nutrientes precisam ser equilibrados”, pontua. “Não parece vantajoso excluir a nossa maior fonte de gorduras essenciais, os ácidos graxos poli-insaturados ômega 3 e ômega 6. Quando cozinhamos com óleos vegetais, alcançamos a recomendação dessas gorduras — e não há nenhuma indicação de suplementação.”