Pancreatite aguda: sintomas, tratamentos e causas

O que é Pancreatite aguda?

A pancreatite é uma inflamação no pâncreas, glândula localizada atrás do estômago no abdômen superior. Assim, a pancreatite aguda é a inflamação repentina do pâncreas e que geralmente dura por poucos dias. Exige cuidados médicos e internamento na maior parte dos casos e o processo inflamatório pode durar até uma semana. Provoca sintomas como dor intensa e inchaço na parte superior do abdômen.

Causas

A pancreatite ocorre quando as enzimas digestivas produzidas no pâncreas são ativadas no interior do órgão por inúmeras causas, como:

• Cálculo biliar
• Alcoolismo
• Cirurgia abdominal
• Complicações decorrentes de fibrose cística
• Hipercalcemia
• Hiperparatireoidismo
• Hipertrigliceridemia
• Infecções virais, como caxumba e pneumonia
• Lesões no abdômen
• Câncer de pâncreas
• Doenças autoimunes
• Síndrome de Kawasaki
• Síndrome de Reye

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Sintomas

Os sintomas de pancreatite aguda incluem:

• Dor progressiva na parte superior do abdômen, podendo irradiar para a região das costas, piorar minutos após comer ou beber e ao se deitar de costas
• Náuseas e vômito
• Sensibilidade e inchaço abdominal
• Febre
• Gases
• Diarreia
• Perda do apetite
• Pressão baixa
• Icterícia
• Desidratação

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Diagnóstico

Entre os testes e exames que podem ser utilizados para o diagnóstico pancreatite aguda estão:

• Exame de sangue 
• Tomografia computadorizada e ultrassom 
• Endoscopia 
• Exame de ressonância magnética 

Fatores de risco

Alguns fatores considerados de risco para o desenvolvimento de pancreatite aguda são:

• Histórico familiar da doença
• Tabagismo
• Alcoolismo
• Uso de alguns medicamentos.

Buscando ajuda médica

Marque uma consulta com seu médico se você sentir dor abdominal persistente. Procure ajuda médica imediatamente se a dor abdominal for tão intensa que você não consegue ficar parado ou que seja aparentemente impossível encontrar uma posição que o torne mais confortável.

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Tratamento

O tratamento para pancreatite aguda exige hospitalização do paciente. No hospital, o tratamento oferecido, geralmente, envolve o uso de medicamentos, como:

• Analgésicos, como Paracetamol, Ibuprofeno, Tramadol, codeína, morfina ou outros opioides.
• Líquidos intravenosos, como soro
• Interrupção da alimentação pela boca para limitar a atividade do pâncreas.

Ocasionalmente, um tubo será inserido pelo nariz ou pela boca para remover o conteúdo do estômago (sucção nasogástrica). Isso pode ser feito se os vômitos ou a dor forte não apresentarem melhoras ou se o intestino ficar paralisado (íleo paralítico). O tubo ficará inserido de um a dois dias até de uma a duas semanas.

Em alguns casos, a terapia é necessária para:

• Drenar líquido que tenha se acumulado dentro e ao redor do pâncreas
• Remover cálculos biliares
• Aliviar bloqueios do duto pancreático

Nos casos mais graves, a cirurgia é necessária para remover tecido pancreático morto ou infeccionado.

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Tem cura?

A pancreatite aguda tem cura se tratada precocemente. Normalmente, os sintomas passam em uma semana. No entanto, alguns casos podem evoluir para complicações mais graves que exigem tratamento imediato.

Prevenção

É possível reduzir o risco de episódios novos ou repetidos de pancreatite adotando medidas como:

• Evitar consumir álcool em excesso
• Cortar o cigarro
• Cortar uso recreativo de drogas definitivamente

Convivendo (Prognóstico)

Algumas medidas para acelerar a recuperação de pancreatite aguda incluem:

• Seguir uma dieta com baixo teor de gordura e que foque no consumo de frutas e vegetais, grãos integrais e proteínas
• Beber mais líquidos

Complicações possíveis

Pancreatite aguda pode matar?

Além de se tornar letal, quando não tratada corretamente, a pancreatite aguda pode causar complicações graves, como:

• Cistos ou abscessos no pâncreas
• Infecções pancreáticas
• Problemas respiratórios, como a síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA)
• Desnutrição, diarreia e perda de peso
• Insuficiência renal aguda
• Acúmulo de líquido no abdome (ascite)
• Insuficiência cardíaca
• Pressão arterial baixa.

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Referências

Ministério da Saúde

Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia

Federação Brasileira de Gastroenterologia

Manual MSD