Jornalista com sete anos de experiência em redação na área de beleza, saúde e bem-estar. Expert em skincare e vivências da maternidade.
iDepois dos 60, muita coisa muda — inclusive a forma como o nosso corpo lida com a alimentação. A sensação de fome pode diminuir, a digestão já não é mais tão rápida e manter a massa muscular se torna um desafio maior.
Por isso, entender quantas refeições fazer por dia e o que colocar no prato ganha uma importância ainda maior nessa fase da vida. Um novo estudo publicado no Journal of the American Geriatrics Society traz pistas valiosas sobre o tema.
Quantas refeições por dia uma pessoa de 60 anos deve fazer?
Na terceira idade, o corpo passa por mudanças naturais no metabolismo, na massa muscular e até na sensação de fome — e, com isso, a alimentação precisa se adaptar. Mas afinal, existe um número ideal de refeições por dia para quem tem mais de 60 anos?
De acordo com um estudo publicado no Journal of the American Geriatrics Society, manter uma rotina com duas a três refeições diárias completas, combinadas com uma ingestão adequada de proteínas e calorias, pode ajudar a reduzir o risco de pré-fragilidade — condição comum nessa faixa etária que aumenta o risco de quedas, perda de autonomia e hospitalizações.
Isso acontece porque, com o envelhecimento, o corpo responde de forma diferente à digestão e ao metabolismo dos nutrientes. Fracionar a alimentação ao longo do dia, com refeições principais e lanches leves, pode facilitar a absorção de proteínas e minerais essenciais, ao mesmo tempo em que evita longos períodos em jejum — que pode contribuir para a perda de massa muscular.
Além disso, comer com regularidade também auxilia no controle de doenças crônicas após os 60, como diabetes tipo 2 e hipertensão. “A distribuição equilibrada das refeições ao longo do dia contribui para o controle glicêmico e mantém o metabolismo mais estável”, apontam os pesquisadores.
Alimentos que não podem faltar depois dos 60 anos
Depois dos 60 anos, o organismo passa por uma série de mudanças naturais: o metabolismo desacelera, a massa muscular tende a diminuir e a absorção de nutrientes pode ficar menos eficiente. Por isso, é fundamental prestar mais atenção na qualidade da alimentação.
Apesar de não existir uma dieta única que funcione para todo mundo, algumas orientações são praticamente universais, como: evitar alimentos muito gordurosos, frituras em excesso, doces em grande quantidade e produtos ultraprocessados ricos em sódio. Em contrapartida, o ideal é dar preferência a frutas, vegetais frescos, grãos integrais e alimentos ricos em fibras, que ajudam tanto o intestino quanto o coração a funcionarem melhor.
A nutricionista Daniela Cyrulin explica, em um artigo anterior ao MinhaVida, que uma alimentação equilibrada deve conter, em média, 60% de carboidratos (preferencialmente complexos, como arroz integral, aveia e legumes), 20 a 30% de gorduras boas (como azeite, abacate, oleaginosas e peixes gordurosos, como o salmão) e 15 a 20% de proteínas (como ovos, leguminosas, carnes magras e laticínios com baixo teor de gordura).
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