
Nutricionista com experiência em consultório particular e clínica de estética (Copacabana, Botafogo e Centro – RJ), e co...
i
Jornalista com sete anos de experiência em redação na área de beleza, saúde e bem-estar. Expert em skincare e vivências da maternidade.
i
Você faz escolhas saudáveis, troca o refrigerante por água com limão, o fast food por uma salada caprichada, evita os industrializados… mas, mesmo assim, vive com a barriga estufada? Pois é, essa sensação incômoda e persistente de inchaço pode estar relacionada a hábitos que parecem inofensivos, mas que estão sabotando seu bem-estar de maneira silenciosa.
A boa notícia é que, com alguns ajustes simples na rotina, dá para aliviar (e até evitar) esse problema. A seguir, o nutricionista Wilian Moraes listou 6 comportamentos comuns que podem estar por trás da barriguinha inchada:
1. Mastigar mal os alimentos
Comer rápido e sem atenção é mais prejudicial do que parece. “A má mastigação impede que os alimentos sejam devidamente fragmentados na boca, onde a digestão já começa com a ação da amilase salivar. Sem esse preparo inicial, o estômago e o intestino precisam se esforçar mais para digerir esses alimentos”, explica Wilian Moraes. O resultado é uma digestão incompleta, maior fermentação no intestino e, claro, a barriga estufada.
2. Falar demais ou tomar muito líquido durante as refeições
Pode parecer um detalhe, mas faz toda a diferença. “Falar muito enquanto come ou ingerir líquidos em excesso durante a refeição favorece a deglutição de ar, o que contribui para a distensão abdominal”, afirma a nutricionista. Além disso, o excesso de líquidos dilui as enzimas digestivas, dificultando o processo de digestão.
3. Viver sob estresse constante
Quando o corpo está em estado de alerta, a digestão sofre. “O estresse aumenta a liberação de cortisol, hormônio que, em excesso, compromete a produção de enzimas digestivas e reduz a movimentação do intestino”, explica Wilian. Isso leva a uma digestão lenta, maior fermentação e acúmulo de gases. Em outras palavras: mais estresse, mais inchaço.
4. Dormir mal
Uma noite mal dormida afeta muito mais do que o seu humor. “Durante o sono, ocorrem processos fundamentais de regulação hormonal e recuperação do sistema gastrointestinal. Dormir mal pode prejudicar desde o funcionamento do intestino até a percepção de fome e saciedade, aumentando os desconfortos abdominais”, destaca a nutricionista.
5. Ficar parado o dia todo
Se você passa o dia inteiro sentado, seu intestino também pode ficar “preguiçoso”. “A prática regular de atividades físicas leves a moderadas — como caminhadas ou alongamentos — estimula os movimentos do intestino, ajuda na eliminação de gases e promove uma digestão mais eficiente”, recomenda Wilian.
6. Comer distraído ou sem atenção plena
Ficar no celular, trabalhando ou assistindo TV enquanto come pode parecer inofensivo, mas não é. “Mastigar mal geralmente vem acompanhado de refeições rápidas e distraídas, o que facilita a entrada de ar e piora o inchaço”, alerta a especialista. Estar presente à mesa, respirar fundo antes de comer e saborear cada garfada são atitudes simples que fazem diferença.
Mudanças que podem ajudar a reduzir o inchaço
Para diminuir a barriga estufada, não é preciso fazer mudanças radicais na alimentação — na verdade, pequenos ajustes no dia a dia já podem trazer um alívio para esse problema. De acordo com o nutricionista, atitudes simples, como mastigar com mais calma, fazem uma grande diferença. “A digestão começa na boca. Reservar tempo para mastigar bem os alimentos ativa enzimas importantes e facilita todo o processo digestivo, reduzindo fermentações e a formação excessiva de gases”, explica.
Outro ponto importante é o comportamento durante as refeições. Falar demais, comer com pressa ou se distrair com telas pode atrapalhar a digestão e aumentar a ingestão de ar, favorecendo o inchaço. “Estar presente na refeição ajuda a comer mais devagar, perceber os sinais de saciedade e evitar o excesso de ar engolido”, orienta Wilian.
A ingestão de líquidos também merece atenção. Segundo a nutricionista, beber grandes volumes de água ou suco durante as refeições dilui o suco gástrico e atrapalha a digestão. O ideal é se hidratar até 30 minutos antes ou depois de comer.
Incluir mais movimento na rotina também faz diferença. Caminhadas leves após as refeições, alongamentos ou alguns minutos de respiração profunda já são suficientes para estimular o funcionamento do intestino e aliviar a retenção de gases. “Essas práticas favorecem os movimentos intestinais e promovem uma digestão mais eficiente”, afirma.
O sono também é um grande aliado. Dormir mal afeta não só o humor, mas também o equilíbrio do sistema digestivo. “O intestino precisa desse tempo de descanso para se regenerar e funcionar com mais harmonia”, destaca Wilian. E, claro, encontrar momentos de pausa ao longo do dia para respirar e desacelerar é fundamental. Técnicas simples de respiração ajudam a controlar o estresse, que é um dos principais vilões da digestão.
“Essas pequenas escolhas, feitas com constância e autocuidado, podem fazer uma diferença enorme na forma como o corpo responde — e são passos possíveis para todos, mesmo sem mudar completamente a alimentação”, reforça a nutricionista. O segredo está no equilíbrio, em prestar atenção aos sinais do próprio corpo e em construir hábitos mais gentis com você mesmo.