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Um som produzido dentro da via auditiva acomete cerca de 28 milhões de brasileiros. O chamado zumbido, no entanto, costuma ser deixado de escanteio pelas pessoas quando, muitas vezes, é sinal de alerta para anormalidades no ouvido.
O sintoma aparece como uma forma de compensação a alguma agressão que o ouvido possa ter sofrido. A fim de tentar compensar uma possível perda, outras partes da via auditava começam a trabalhar de forma mais acelerada. O resultado é que elas disparam mais impulsos elétricos para o cérebro, que interpreta tais impulsos como sons.
O fato de ser um sintoma comum e de prejudicar a qualidade de vida dos pacientes deveria somar mais um motivo para que as pessoas se informassem melhor sobre o zumbido no ouvido. E também para que os profissionais de saúde e órgãos governamentais dessem mais valor ao diagnóstico e tratamento dele , ressalta Tanit Ganz Sanchez, otorrinolaringologista, precursora dos estudos no Brasil e chefe do grupo de pesquisa do Hospital das Clínicas.
O tipo de barulho produzido pelo próprio ouvido é bem variável. As comparações relatadas pelos pacientes variam conforme o nível cultural e as experiências individuais. Mas, os sons mais comuns são de apito, chiado, canto de cigarra, zunido de abelha, cachoeira e panela de pressão.
Quando o zumbido se assemelha ao ritmo de batimento do coração, é sinal de problema dos vasos sanguíneos ou dos músculos próximos da via auditiva. O quadro precisa ser investigado e tratado de maneira diferente dos outros casos.
Vale lembrar, porém, que qualquer tipo de zumbido deve ser encarado como alerta, já que demonstra algum tipo de irregularidade com o corpo. De acordo com o Grupo de Apoio a Pessoa com Zumbido (GAPZ), cerca de 10% dos pacientes que buscam ajuda não apresentam nenhuma perda auditiva. Mas, nem sempre isso significa que a via auditiva esteja perfeita. As lesões no ouvido podem ser pequenas demais, a ponto de não aparecerem no exame.
Sobre o GAPZ
Desde 1999, o Grupo de Apoio a Pessoas com Zumbido orienta gratuitamente portadores de zumbido. Informação adequada é fundamental para quem sofre com o transtorno. Os freqüentadores do grupo acabam entendendo melhor o problema e renovando a esperança de cura e qualidade de vida , garante Tanit.
O grupo oferece palestras sobre temas diferenciados que englobam o zumbido e a cada final de encontro há espaço para discussão entre os pacientes e os profissionais. O tratamento complementar deve ser associado ao tratamento convencional, orientado por um especialista.
Os interessados em participar do grupo precisam fazer um agendamento prévio pelo telefone (11) 3068-9855. É sugerido que os participantes doem um quilo de alimento não perecível ou produtos de limpeza a cada reunião mensal. O grupo pode ser encontrado em São Paulo, Campinas, Curitiba, Brasília, Salvador, Rio de Janeiro e São José do Rio Preto.